quarta-feira, 31 de julho de 2019

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus - Quarta-feira, 31 de julho de 2019

"Ponde, não em parte, mas tudo, todo o vosso amor e querer no Senhor."

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santo-inacio-de-loyola/403/102/

Liturgia Diária:

1ª Leitura - Ex 34,29-35

Salmo - Sl 98, 5. 6. 7. 9 (R. Cf. 9c)

Evangelho - Mt 13,44-46

Homilia diária, pelo Pe. Paulo Ricardo:

Santo do Dia:
Santo Inácio de Loyola

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/santo-inacio-de-loyola-reconhecido-tendo-a-alma-maior-que-o-mundo/


O fundador da Companhia de Jesus nasceu no Castelo de Loyola, em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491. Filho de família cristã da nobreza rural, o caçula de 13 irmãos e irmãs foi batizado como Iñigo. Mais tarde, entretanto, mudaria seu nome, passando a assinar Inácio.


Em 1506, quando tinha aproximadamente 15 anos, Inácio colocou-se a serviço de Juan Velázquez de Cuéllar, ministro do Tesouro Real durante o reinado de Fernando de Aragão. Aos cuidados de seu protetor, recebeu esmerada formação, aprimorou sua cultura e tornou-se exímio cavaleiro, mostrando inclinação pelas aventuras militares. E, como descreveu em sua autobiografia, até os 26 anos de idade, “tinha sido um homem entregue às vaidades do mundo”. Essa história começou a mudar de rumo em 1517, quando Juan Velázquez caiu em desgraça e Inácio passou a servir ao duque de Nájera e vice-rei de Navarra, Antônio Manrique, participando de vários combates militares.
Em 20 de maio de 1521, ao tentar, sem sucesso, proteger Pamplona (capital de Navarra) dos invasores franceses, Inácio foi ferido por uma bala de canhão que, além de partir sua perna direita, deixou lesões na esquerda. O grave ferimento foi fundamental para a mudança radical que aconteceria em sua vida.
Durante o período de convalescência no Castelo de Loyola, como não havia livros de Cavalarias ─seus preferidos─, Inácio dedicou-se à leitura de Vida de Cristo, escrita por Ludolfo da Saxônia, e de uma coletânea Vida dos Santos. Foi após o contato com os livros religiosos que ele percebeu, com atenção e paciência, que as ambições mundanas lhe causavam alegrias efêmeras, meros prazeres, ao passo que a entrega a Jesus Cristo lhe enchia o coração de alegria duradoura. Essa consolação foi, para Inácio, um sinal de Deus.


TENDO RECEBIDO BASTANTE LUZ DESSA LEITURA, COMEÇOU A PENSAR COM MAIS SERIEDADE EM SUA VIDA PASSADA E EM QUANTA NECESSIDADE TINHA DE SE PENITENCIAR POR CAUSA DELA…
(AUTOBIOGRAFIA 9)
Já recuperado e com o forte desejo de mudanças em sua vida, Inácio decidiu partir rumo a Jerusalém. Saindo de Loyola, seguiu em peregrinação para Montserrat. No caminho, doou suas roupas de fidalgo a um pobre, passando a usar trajes rústicos. A espada foi deixada no altar da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat, após uma noite de oração.
Em Manresa, Inácio abrigou-se em uma cova. Vivendo como eremita e mendigo, passou pelas mais duras necessidades. Mas seu objetivo era maior: queria ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, iriam se transformar no livro dos Exercícios Espirituais (EE), considerado até hoje um de seus mais importantes legados. Após essa experiência, Inácio seguiu em sua longa peregrinação até Jerusalém, onde permaneceu por um tempo. De volta à Europa, sofreu perseguições e incompreensões que lhe fizeram perceber a necessidade de estudar para melhor ajudar os outros.

A cidade escolhida para dedicar-se aos estudos de Filosofia e Teologia foi Paris (França), onde conseguiu agrupar colegas a quem passou a chamar de companheiros 

ou amigos no Senhor. Esse foi o primeiro esboço do que seria a Companhia de Jesus.


Em 15 de agosto de 1534, na capela de Montmartre, em Paris, Inácio e seis companheiros – Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodrigues – fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando Cristo, peregrinar a Jerusalém e, caso não fosse possível, apresentar-se ao Papa, com o objetivo de colocarem-se à disposição do Pontífice. Um ano depois, os votos foram renovados por eles e mais três outros companheiros – Cláudio Jaio, João Codure, Pascásio Broet.
Por meio da bula Regimini militantis Ecclesiae, a Companhia de Jesus (em latim, Societas IesuS. J.) foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540. No ano seguinte, 1541, Inácio foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem, passando a viver em Roma (Itália). Dedicou-se à função preparando e enviando os jesuítas ao mundo todo, servindo à Igreja e escrevendo as Constituições da Companhia de Jesus. Em 31 de julho de 1556, muito debilitado, Inácio morre em Roma. Sua canonização aconteceu em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.

Paladino da Contra-Reforma Católica

O papel dos jesuítas na Contra-Reforma católica foi essencial. Na época, pareciam perdidas para o protestantismo não só a Alemanha, mas a Escandinávia, e ameaçados os Países Baixos, a Boêmia, a Polônia e a Áustria, havendo infiltrações da seita não só na França, mas até na Itália.
Santo Inácio enviou seus discípulos a essas regiões infectadas, e estes foram reconduzindo para a Igreja ovelhas desgarradas até na própria Alemanha. Ali trabalharam Pedro Fabro, Cláudio Le Jay e Bobadilha. Mas o jesuíta que seria o grande apóstolo dos povos germânicos, obtendo inúmeras reconversões, foi São Pedro Canísio, hoje considerado, com razão, o segun do apóstolo da Alemanha, depois de São Bonifácio.
O papel dos jesuítas foi também primordial no Concílio de Trento — onde brilharam os padres Laynes e Salmeron — bem como nas universidades e nos colégios, imunizando assim a juventude européia contra o erro.
Recebendo informações dos grandes triunfos de seus discípulos, exclamava Santo Inácio: “Demos graças a Deus por sua inefável misericórdia e piedade, tão copiosamente derramada em nós por seu glorioso nome. Porque muitas vezes me comovo quando ouço e em parte vejo o que me dizem de vós e de outros chamados à nossa Companhia em Cristo Jesus5

Obediência pronta, humildade exemplar

Santo Inácio de Loyola queria uma companhia de escol, para combater os erros da época, principalmente os de Lutero e Calvino, e por isso estipulou que, diferentemente das outras congregações ou ordens religiosas, o noviciado seria de mais de um ano. Dizia no fim da vida, quando sua Companhia estava já estendida por quase todos os continentes: “Se eu desejasse que a minha vida fosse prolongada, seria para redobrar de vigilância na escolha de nossos súditos6.
Quando um noviço se ajoelhava junto a ele para pedir perdão e penitência por alguma falta, depois de ter concedido uma e imposto a outra, Inácio dizia: “Levante-se”. Se, por uma humildade mal compreendida o noviço não se levantasse imediatamente, ele o deixava ajoelhado e saía, dizendo: “A humildade não tem mérito quando é contrária à obediência”.
Santo Inácio de Loyola pisando em Lutero,Igreja de São Nicolau em Praga. Fonte: https://i.pinimg.com/originals/5b/9e/f2/5b9ef26981fbf4372f00259cd80fd85b.jpg
Oração de Santo Inácio de Loyola

Tomai, Senhor, e recebei
Toda a minha liberdade, a minha memória também.
O meu entendimento e toda a minha vontade
Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo
Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade.
Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça
Isto me basta, nada mais quero pedir.

Oração “Alma de Cristo”

(Composta por Santo Inácio de Loyola)

“Alma de Cristo, santificai-me.

Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que vos louve com os vossos Santos,
por todos os séculos.
Amém.”

Fontes de pesquisa:

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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Há 501 anos, um monge desafiava a Igreja Católica...


Há exatos 501 anos, em 31 de outubro de 1517, a Igreja Católica testemunhava o início daquela que viria a ser a pior cisão de sua história: a Reforma Protestante, que teve como centro o então monge agostiniano Martinho Lutero.

Juventude e vida religiosa

Nascido em Eisleben, em 10 de novembro de 1483, Lutero sempre fora um estudante dedicado, vindo a ingressar na faculdade de Direito. Em 1505, aconteceria uma grande mudança em sua vida: após sobreviver a uma forte tempestade de raios (clamando pela ajuda de Santa Ana), decidiu abandonar os estudos e entrar para a vida monástica, na Ordem dos Agostinianos de Frankfurt.
Lutero mostrava-se profundamente dedicado à vida religiosa, a ponto de investir enorme tempo em meditações e orações diárias, autoflagelações, confissões e peregrinações, no intuito de agradar a Deus e servir ao próximo, em especial às almas. No entanto, nenhum esforço lhe trazia a paz que tanto buscava.
Seu superior, buscando manter-lhe ocupado com trabalhos que o mantivessem afastado do excesso de reflexões, ordenou-lhe que iniciasse carreira acadêmica. Foi ordenado sacerdote em 1507 e, no ano seguinte, recebeu seu bacharelado em estudos bíblicos, tornando-se professor de teologia na Universidade de Wittenberg. Em 1512 graduou-se Doutor em Teologia, e em 1515 tornou-se vigário de sua ordem, comandando 11 monastérios.


Viagem à Roma e as primeiras desilusões com a Igreja

Em 1510, durante uma viagem a Roma, deparou-se com uma prática, por parte de alguns clérigos  que o deixara profundamente decepcionado: a venda de indulgências pelo perdão dos pecados. Essas tinham como objetivo conceder perdão, parcial ou total, à pessoa que doasse certa quantidade de dinheiro - que, no fim das contas, seria destinado à construção da  Basílica de São Pedro. Antes, a veneração de relíquias santas tinha essa função de conceder perdão; agora, uma carta de indulgência (autorizada pelo Papa) seria comprada pelo fiel, para perdão seu ou de um parente. Para Lutero, isso afastava as pessoas da verdadeira confissão e arrependimento, depositando sua confiança unicamente nas indulgências. Contra tal prática, proferiu 3 sermões. 
Então, em 31 de outubro de 1517, faria aquilo que o marcaria para sempre: na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, afixaria um escrito contendo 95 teses que combatiam diretamente as indulgências - questionando, inclusive, qual deveria ser a posição do Papa diante disso. O que, a princípio, era para ser um convite a um debate teológico, logo propagou-se entre a população alemã (e, seguidamente, entre toda a Europa), sendo vista como um desafio à Igreja Católica e sua autoridade. Não demorou para que Lutero fosse visto como um herege e seus escritos como apostasia.


Dos debates à excomunhão

Mesmo sob investigação, seus debates contra as indulgências eram crescentes, chegando ao ponto de levá-lo a duvidar da autoridade do Papa (especificamente, da bula Unigenitus, do Papa Clemente VI). Diante disso, o Papa Leão X ordenou que ele se retratasse em uma conferência, diante de um representante seu, em Leipzig. Porém, tomou proporções maiores quando Lutero confrontou diretamente a autoridade do Papa (que, para ele, não tinha o direito de sucessão apostólica, algo conferido apenas a São Pedro). Tudo isso, somado às publicações de tratados que sugeriam uma reforma eclesiástica (sendo os mais famosos À Nobreza Cristã da Nação Alemã, Prelúdio no Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade de um Cristão), levaram o Papa a editar uma bula que o advertia que, caso não repudiasse sua doutrina no prazo de setenta dias, seria excomungado. Cerca de 120 dias após expirar sua validade, a bula fora queimada em público por Lutero. Tal ato custou-lhe a excomunhão, decretada em janeiro de 1521.
No mesmo mês, o Imperador Carlos V convocou-o para a Dieta de Worms, onde deveria confirmar ou renunciar sua doutrina e os escritos que editara até então. Ao ser perguntado se os escritos eram seus e se acreditava em seu teor, Lutero pediu um dia para refletir e, então, dar sua resposta. No dia seguinte, ao ser novamente questionado, proferiu aquele que seria seu mais famoso discurso, e que marcaria para sempre sua separação da Igreja:

“A menos que possa ser refutado e convencido pelo testemunho da Escritura e por claros argumentos (visto que não creio no papa, nem nos concílios; é evidente que todos eles frequentemente erram e se contradizem); estou conquistado pela Santa Escritura citada por mim, minha consciência está cativa à Palavra de Deus: não posso e não me retratarei, pois é inseguro e perigoso fazer algo contra a consciência. Esta é a minha posição. Não posso agir de outra maneira. Que Deus me ajude. Amém!”.



Antes que fosse tomada qualquer decisão acerca de seu destino, Lutero abandonou Worms e desapareceu durante seu regresso a Wittenberg. O Imperador, então, declarou-o fugitivo e herege.

O Exílio e o casamento

Nos meses que se seguiram à sua fuga, Lutero, com a ajuda de Frederico III, príncipe-eleitor da Saxônia, exilou-se no Castelo de Wartbung, em Eisenach, permanecendo ali durante um ano. Nesse meio tempo, dedicou-se à sua tradução alemã da Bíblia e outros escritos que, à medida em que eram divulgados, causavam a renúncia dos votos de castidade de alguns sacerdotes e ataque aos votos monásticos. Rebeliões também faziam-se frequentes - apesar do posicionamento contrário de Lutero aos ataques contra o catolicismo. 
Em abril de 1523, Lutero ajudou na fuga de 12 freiras do cativeiro no Convento de Nimbschen. Entre elas, encontrava-se Katharina von Bora, que viria a ser sua esposa 2 anos depois. Tiveram 6 filhos, e seu casamento incentivou a união de padres e freiras que aderiram à Reforma. 


Antissemitismo, revoltas e propagação da Reforma

Algo que sempre fora motivo de polêmica em sua doutrina, era a crítica aberta que fazia ao povo judeu - que, segundo ele, já não era mais digno da herança de Deus nem de ser considerado o povo eleito. A campanha contra os judeus (sintetizada na obra Sobre os Judeus e Suas Mentiras) incluía incendiar sinagogas, destruir livros judaicos e expulsá-los de seu meio. Muitos historiadores são unânimes ao afirmarem que seu desprezo pelos judeus contribuiu para o surgimento do antissemitismo na Alemanha e, posteriormente, lançar as bases do Nazismo.
Entre 1524 e 1525, ocorreu a Guerra dos Camponeses, como forma de resposta aos discursos de Lutero contra a hierarquia da Igreja, e acreditando que, da mesma forma, ocorreria um ataque armado por parte dos reformadores contra a ordem social. As reivindicações dos camponeses eram, em sua grande maioria, fundamentadas nas Sagradas Escrituras (que, nesse ponto, já era acessível às classes mais simples). Os escritos de Lutero contra tais rebeliões e que visavam um acordo de paz não obtiveram sucesso.
Ao mesmo tempo, a Reforma alcançava vários países da Europa. Dentre vários reformadores, o que mais se destacou fora João Calvino, da França. Ao contrário de Lutero, que acreditava numa reforma da Igreja e num retorno da mesma às raízes, Calvino considerava a Igreja tão degenerada que o ideal seria criar uma nova Igreja. Com o tempo, mais e mais igrejas derivadas dessas duas vertentes - luteranismo e calvinismo - se propagariam de forma incontrolável, causando efeitos irreversíveis no Cristianismo. Iniciava-se a era do Protestantismo, em que o objetivo principal seria um retorno às Escrituras.



Apesar de tantas denominações e doutrinas divergentes, a base seriam as 5 Solas, ou seja, 5 fundamentos básicos para os cristãos protestantes:

 1. Soli Deo Gloria (Glória Somente a Deus) – Este é um dos pilares da Reforma Protestante, afirmando que o homem foi criado para a glória de Deus. Fomos criados para dar glória a Deus em tudo que fazemos e destinados à glória de Deus. O plano de eterno de salvação dos homens já contemplava a glória de Deus (Ef 1.4-6). Soli Deo Gloria é o princípio pelo qual toda glória é dada a Deus no processo de salvação, mas também que, durante nossa vida neste mundo, nenhum ser humano é digno de glória. A vida do cristão é vivida diante de Deus e sob sua autoridade. Isso é para a glória de Deus. “A ele seja a glória eternamente! Amém”. Romanos 11.36;
2. Sola Fide (Somente a Fé) – A salvação é um presente que Deus nos dá e isso se efetiva somente por meio da fé, jamais pelas obras humanas. Lutero compreendeu que não eram as penitências, sacrifícios ou compra de indulgências que podiam livrar o homem da condenação eterna, mas a graça de Deus, através da fé (Ef 2.8). Após meditar no texto de Rm 1.17, que diz: “O justo viverá da fé”, Martinho Lutero percebeu que a justiça de Deus nessa passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus, pela fé, e não uma conquista humana; 
3. Sola Gratia (Somente a Graça) - O Salmista Davi numa oração de profunda busca por Deus, declara: Porque a tua graça é melhor que a vida; os meus lábios te louvam (Sl 63.3). Sim, a graça de Deus é a única ponte que cruza o abismo entre a depravação total do ser humano e a casa do Pai, onde Jesus foi preparar-nos lugar. Ninguém pode ser salvo por mérito próprio, por obras, penitências, sacrifícios ou compra de indulgências. Somente pela fé o ser humano pode ser salvo. E até mesmo a fé, que habilita o ser humano a receber o dom da graça, é dado por Deus (Ef 2.8). Nenhuma obra, por mais justa e santa que possa parecer, poderá dar ao homem livre acesso a salvação e ao reino dos céus. Isso somente ocorrerá pela graça de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria". Ef 2.8 e 9;
4. Solus Christus (Somente Cristo) - Sobre este tema, a Declaração de Cambridge diz: Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. O homem nada poderá fazer para sua salvação, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção ao ser sacrificado na cruz do calvário, vertendo o seu sangue como sacrifício por nossos pecados. "E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" At 4.12;
5. Sola Scriptura (Somente as Escrituras) - Nós, os cristãos reformados cremos que as Escrituras Sagradas são a única regra de fé e de prática. É isso que lemos em 2 Tm 3.16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra". Entendemos que as tradições, as bulas, as decisões dos concílios e os escritos papais não possuem autoridade e não podem servir de instrumento de fé e prática para o rebanho de Cristo. Somente as Escrituras Sagradas estão habilitadas para isso. Elas foram escritas por homens inspirados por Deus, são instrumentos de revelação da vontade de Deus para nossa vida. Ao lêla somos iluminados pelo Espírito Santo para entendê-la. “Não são as experiências que julgam a bíblia, mas a Bíblia que julga as experiências. A igreja não está acima da Palavra, mas é governada por ela” (Rev. Hernandes Dias Lopes). Martinho Lutero escreve: "Então, achei-me recém-nascido e no paraíso, toda as Escrituras tinham para mim outro aspecto, perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus".

Morte de Lutero e o legado da Reforma
Em fevereiro de 1546, morria Martinho Lutero, em decorrência de um derrame cerebral, em sua cidade natal. Seu corpo fora sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde afixara suas 95 teses e proferira a maioria de seus famosos sermões.
Nas últimas décadas, tem ocorrido movimentos conjuntos entre católicos e protestantes para uma certa harmonização, buscando suprimir as diferenças e embates de séculos. O aumento do diálogo ecumênico tem reforçado ainda mais esse objetivo - chegando à "Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação"
Algo inegável é o fato de que a Reforma, que começara com questionamentos acerca de práticas específicas da Igreja, não dava sinais das proporções que tomaria ao longo dos séculos. E que, apesar de uma futura reaproximação das 2 maiores profissões da fé do Cristianismo, suas marcas foram tão profundas que seus efeitos jamais serão remediados.


Fontes de pesquisa:


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

São João Paulo II, papa - Segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Fonte: http://misericordia.org.br/home/devocao/documentos-da-igreja/papa-joao-paulo-ii/


"A vocação do cristão é a santidade, 
em todo momento da vida.
Na primavera da juventude, 
na plenitude do verão 
da idade madura,
e depois também 
no outono 
e no inverno 
da velhice, 
e por último, 
na hora da morte." - João Paulo II

Ano B/ Cor litúrgica: verde
Leituras:
Ef 2,1-10
Sl 99,2.3.4.5 (R. 3b)
Lc 12,13-21

São João Paulo II

Hoje é dia de São João Paulo II. Muitos de nós conhecemos bem este Santo, viveu conosco. Ele teve um longo pontificado de 25 anos, um dos mais longos da História. Sua eleição foi uma enorme surpresa do Espírito Santo, pois saiu de um país que estava debaixo do regime comunista, a Polônia, atrás da vergonhosa “Cortina de Ferro”. Ninguém esperava. Isto na época da “guerra fria” entre os EUA e a Rússia, que ameaçava o mundo de uma destruição atômica e nuclear.
Ele começou seu pontificado pedindo ao mundo: “Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!” (Homilia no início de seu pontificado, 1978).
O mundo comunista estremeceu com sua eleição porque sabia que João Paulo II viveu sob o triste regime comunista, e iria lutar para eliminá-lo. E de fato aconteceu: em 1989 caiu o Muro da Vergonha e o comunista desabou. Foi um trabalho do Papa, e uma ação misteriosa de Nossa Senhora de Fátima, a quem o Santo Padre tinha consagrado a Rússia em 1985, como Ela havia pedido.
No dia 13 de maio de 1980 o Papa foi baleado pelo turco Ali Agca, a mando da KGB (polícia secreta da Rússia), como concluiu em inquérito a polícia italiana. No ano seguinte levou o projétil que o atingiu para ser colocado na coroa de Nossa Senhora de Fátima. Ela o salvou. Milagrosamente o Papa foi salvo da morte. Ele disse que “uma mão puxou o gatilho, mas outra Mão dirigiu a bala”, para que não fosse fatal. Ele esteve no limiar da morte.
João Paulo II teve um pontificado notável; um Papa sábio, douto e santo, cuja canonização foi pedida pelo povo, na Praça de São Pedro, no dia do seu sepultamento: “Santo Súbito!”, santo já.
Além da queda do comunismo, ação decisiva de João Paulo II, ele guiou a Igreja com sabedoria e firmeza. Combateu desde o início a herética teologia de libertação de cunho marxista. Auxiliado por seu grande sucessor, Cardeal Ratzinger, Papa Bento XVI, na Congregação da Fé, ele pôde coibir com firmeza os erros de doutrina que ameaçavam a “sã doutrina” (1Tm 1,10; 4,62 Tm 4,3;) da fé.
Entre os documentos mais importantes que João Paulo II nos deixou, está o Catecismo da Igreja Católica, que ele chamou de “texto de referência da fé católica”, e que pediu que os fiéis e os pastores “usem assiduamente ao convocar as pessoas para viver a fé” (Constituição Fidei depositum). Além disso, o Papa renovou o Código de Direito Canônico, em 1983. E escreveu muitas encíclicas e inúmeros documentos importantes, defendendo a vida, a família, a paz no mundo, a razão e a fé, a Eucaristia, etc. Pronunciou Catequeses famosas nas audiências de quarta feira, sobretudo sobre a Igreja, o Espírito Santo, a Virgem Maria, e praticamente sobre todos os assuntos da doutrina católica.
Ele teve a gigantesca missão de introduzir a Igreja no terceiro milênio da Cristandade; e fez isso com maestria. Convocou três anos de preparação para celebrar o Jubileu do ano 2000. Sobretudo foi um defensor da vida e da família. Entre outras coisas disse na (Encíclica Evangelium vitae, 1995):
“A vida humana é sagrada e inviolável em cada momento da sua existência, inclusive na fase inicial que precede o nascimento”. “Só Deus é dono da vida.”
“O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende muito para além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus”.
“Uma grave derrocada moral: opções, outrora consideradas unanimemente criminosas e rejeitadas pelo senso moral comum, tornam-se pouco a pouco socialmente respeitáveis”.
“O século XX ficará considerado uma época de ataques maciços contra a vida, uma série infindável de guerras e um massacre permanente de vidas humanas inocentes. Os falsos profetas e os falsos mestres conheceram o maior sucesso possível”.
“A verdade é que estamos perante uma objetiva “conjura contra a vida” que vê também implicadas Instituições Internacionais, empenhadas a encorajar e programar verdadeiras e próprias campanhas para difundir a contracepção, a esterilização e o aborto” (EV, 18).
Em defesa da família, que ele chamou de “Santuário da Vida”, “Patrimônio da humanidade” e “Igreja doméstica”, escreveu a “Carta às Famílias”, em 1994, onde disse:
“A grandeza e a sabedoria de Deus manifestam-se em suas obras. Hoje em dia, porém, parece que os inimigos de Deus, mais do que atacar frontalmente o Autor da criação, preferem defrontá-Lo em suas obras… Entre as verdades obscurecidas no coração do homem, por causa da crescente secularização e do hedonismo reinantes, ficam especialmente afetadas todas aquelas relacionadas com a família. Em torno à família se trava hoje o combate fundamental da dignidade do homem… Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da família.” (CF, 5).
“A família é a primeira e fundamental escola de sociabilidade: enquanto comunidade de amor, ela encontra no dom de si a lei que a guia e a faz crescer” (Exortação Apostólica Familiaris consortio, 1981).
“A agradável recordação da vida de Jesus, José e Maria em Nazaré recorda-nos a beleza austera e simples e o carácter sagrado e inviolável da família cristã” (Homilia na Missa para as famílias em Rijeka, Croácia, 2003).
“Com a ajuda de Deus, fazei do Evangelho a regra fundamental da vossa família, e da vossa família uma página do Evangelho escrita para o nosso tempo!” (Discurso IV Encontro Mundial das Famílias).
“Não esqueçais que a oração em família é garantia de unidade num estilo de vida coerente com a vontade de Deus” (Discurso IV Encontro Mundial das Famílias).
Na sua última Encíclica, “Fé e razão”, João Paulo colocou com clareza e profundidade a necessidade da fé e da razão caminharem juntas e se auxiliando mutualmente. Ali ele afirmou que:
“A razão e a fé não podem ser separadas, sem fazer com que o homem perca a possibilidade de conhecer de modo adequado a si mesmo, o mundo e a Deus” (Fides et Ratio, 16).
“É ilusório pensar que, tendo pela frente uma razão débil, a fé goze de maior incidência; pelo contrário, cai no grave perigo de ser reduzida a um mito ou superstição” (FR, 46).
João Paulo II – bem como Bento XVI – foi um intransigente defensor da verdade, diante da mentira da “ditadura do relativismo”; ele disse que:
“Pode-se definir o homem como aquele que procura a verdade. A sede da verdade está tão radicada no coração do homem que, se tivesse de prescindir dela, a sua existência ficaria comprometida” (FR, 28).
“Uma vez que se privou o homem da verdade, é pura ilusão pretender torná-lo livre” (Fides et Ratio, 90).
“A razão e a fé não podem ser separadas, sem fazer com que o homem perca a possibilidade de conhecer de modo adequado a si mesmo, o mundo e a Deus” (FR, 16).
“Uma vez que se privou o homem da verdade, é pura ilusão pretender torná-lo livre” (FR, 90).
Tudo isso é apenas um pouco de toda a herança que esse gigante nos legou, e que nos anima a continuar a sua luta em favor da verdade, da vida, da família, de Deus e dos homens.
Fonte: https://onlinequadros.com.br/quadro-santinho-santo-joao-paulo-ii/858
*Matéria escrita pelo Prof. Felipe Aquino, originalmente publicada em:

Veja também: Quem foi o Papa João Paulo II, pelo Prof: Felipe Aquino:

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

São Lucas, evangelista - Quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Fonte: https://www.icatolica.com/search?q=s%C3%A3o+lucas


Ano B/ Cor litúrgica: vermelho
Leituras:
2Tm 4,10-17b
Sl 144(145),10-11,12-13ab,17-18 (R.12a)
Lc 10,1-9


São Lucas, Evangelista

São Lucas, evangelista e patrono dos pintores e médicos, ele é o autor do terceiro livro dos evangelhos que tem o seu nome e do Atos dos Apóstolos.
Um médico, São Lucas é tido como sendo um grego da Antiópia (moderna Turquia). Que era medico é confirmado por uma passagem em Colossians (4,14) na qual São Paulo descreve Lucas como “amado medico”. Um convertido na nova fé, ele acompanhou São Paulo na sua segunda jornada missionária em torno dos anos 51 DC e permaneceu 6 anos em Philippi, na Grécia e foi na terceira jornada com Paulo, que incluiu o famoso naufrágio as costas de Malta. Ele permaneceu com Paulo durante sua prisão. Paulo escreveu três vezes sobre Lucas no Novo Testamento: em Colosians, em Timoteo e em Philomon. É possível deduzir a presença de Lucas com Paulo nas jornada missionarias pelas varias passagens no “Atos dos Apóstolos” (16,10-17; 20,5-21,18; 27,1-28,16). Em 66 DC, Lucas voltou para a Grécia onde se acredita que veio a falecer com a idade de 84 anos “repleto do Espirito Santo”. Vários “Atos” relatam que foi martirizado, embora vários escolares acreditam que isto seriam lendas não confiáveis. Ele é tido como tendo visitado a Virgem Maria e se acredita que ele teria pintado vários quadros da Virgem Maria em especial o lindo quadro conhecido como o de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Seu trabalho estaria preservado em Roma na “Santa Maria Magiore”, embora as datas das pinturas seriam bem depois dos tempos apostólicos. O seu evangelho definidamente foi escrito para os gentios.
Um dos aspectos mais interessantes de Lucas é que frequentemente fazia a justaposição de um história de um homem com a de uma mulher. Por exemplo, a cura dos demoníaco (Lc 4,31-37) e seguida da cura da sogra de Pedro (4,39-39) , o escravo do centurião é curado(7,1-11) e o filho da viúva de Naim é curado, o Geranese demoníaco é curado (8,26-39) seguido pela cura da filha de Jairus e da mulher com hemorragia (8,40-56).
Lucas também menciona as mulheres que assistiam Jesus no seu ministério (8,1-3) Assim diferente de todos os outros evangelistas São Lucas descreve um Jesus que se preocupa com o cuidado e a salvação das mulheres. Talvez por isso, provavelmente Lucas teria aprendido muito a respeito de Jesus com a Virgem Maria. Somente ele e Mateus descrevem elementos obscuros ou escondidos da vida privada de Jesus, antes de Seu ministério público.
Ainda, ao mencionar a sogra de Pedro, ele deixa claro e de maneira natural que Pedro era casado.
Lucas enfatiza a misericórdia e o amor de Deus para com a humanidade. Ele é o único que descreve a parábola da ovelha desgarrada, do Bom Samaritano, do filho pródigo, de Dives e Lázaro. Ele é também o único que descreve o perdão de Jesus a Maria Madalena (Lc 7,47), a promessa ao bom ladrão e sua oração para seus executores. Ele é também o único evangelista a registrar a “Ave Maria”, o “Magnificat”, o “Benedictus”, e o “Nunc Dimittis” que são todos usados na Liturgia das Horas(orações da noite, tarde e manhã).Lucas enfatiza o chamado para a oração, a pobreza, a pureza de coração, o quais teriam um apelo especifico aos gentios.
Lucas também escreveu os “Atos dos Apóstolos” que é também conhecido com “Atos do Espirito Santo”. É uma continuação do que conta em seu evangelho, embora os Atos talvez tenham sido escritos primeiro. De acordo com os escolares São Euzébio e São Jerônimo, os Atos foram escritos durante a prisão de São Paulo, embora Santo Irineu já pense que foram escritos após a morte de São Paulo, lá pelos anos 66 DC . Euzébio diz que o evangelho foi escrito antes da morte de Paulo, Jerônimo diz que foi depois e a tradição antiga diz que foi escrito pouco antes da morte de Lucas, quase no século segundo.
O evangelho teria sido escritos entre 70 e 85 DC, possivelmente na Grécia .Os atos do apóstolos detalham a igreja nos tempos de 35 a 63 DC, demonstrando um estilo de prosa soberbo, e um estilo de quem presenciou a fé.
Certas passagens dos Atos escrito na primeira pessoa do plural, são usualmente usadas para indicar que o escritor estava com São Paulo em parte da sua segunda jornada missionária e sem dúvida na viagem que ambos fizeram a Itália e estavam juntos quando o navio naufragou ao largo da costa de Malta (Acts 16:10ff:20:5ff 27-28). São Paulo diz nas suas cartas quando preso: “Lucas é a minha única companhia”.
Durante o martírio de Paulo, Lucas nunca saiu do seu lado.
Lucas sem dúvida conversava muito com a mãe de Jesus e com São João.
As suas relíquias foram trasladadas para Constantinopla e Pádua
De acordo com a Igreja Católica Ortodoxa Grega, São Lucas sempre andava com uma pintura de Nossa Senhora com ele, e ela foi o instrumento de varias conversões. Na verdade ele foi um grande artista e grande escritor, e suas narrativas inspiraram grandes escritores e grandes mestres da arte, mas as pinturas existente da Virgem, as quais é dito que ele teria pintado, são trabalhos de datas bem mais recentes. Não obstante alguns julgam que a pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro teria sido pintada por ele.
Pinturas excepcionais de S.Lucas são as de Roger van Weyden na Pinacoteca de Munique, na Alemanha, a de Jean Grossaert em Praga e a de Rafael na Academia de São Lucas em Roma.
Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado com um machado e as vezes mostrado pintando o retrato da Virgem Maria.

Fonte: https://www.oblatos.com/san-lucas-evangelista/

O boi junto de São Lucas

As representações artísticas de São Lucas sempre colocam a seu lado a figura de um boi que, às vezes, aparece com asas. Em relação a São Lucas, o boi simboliza o sacrifício de Cristo, tão bem enfatizado no Evangelho de Lucas. O boi era o mais alto sacrifício oferecido no Templo de Jerusalém. Além disso, o boi também é símbolo da paciência, da força e do serviço, virtudes demonstradas pela vida e pela obra de São Lucas.

Oração a São Lucas

"Glorioso São Lucas, que tivestes a graça de ser inspirado por Deus Altíssimo para escrever seu santo Evangelho, rogai por todos nós, para que sejamos sempre fiéis estudiosos das sagradas escrituras e confiantes seguidores de Cristo. São Lucas Evangelista, intercedei por nós. Amém"

*Matérias originalmente publicadas em:

Veja também:
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Quem foi na realidade Jesus Cristo? O consagrado produtor John Heyman responde a essa pergunta no filme Jesus, o mais autentico filme bíblico produzido. Veja com detalhes a Vida do Salvador da humanidade, Seu Amor e Seu Poder. Baseado no Evangelho de São Lucas.