quarta-feira, 28 de março de 2018

Semana Santa - Quarta-feira (28/03/2018) - O Tríduo Pascal

''A liberdade verdadeira nos faz corresponder com a graça divina.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Is 50,4-9a/ Sl 68/ Mt 26,14-25

''O dinheiro é o Deus deste mundo'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/o-dinheiro-e-o-deus-deste-mundo/

Santo do Dia: São Guntrano
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-guntrano-governou-na-justica/


Tríduo Pascal:
o ápice da Semana Santa


A Semana Santa é, sem dúvida, o ponto alto do ano litúrgico da Igreja. E os mais belos ofícios litúrgicos concentram-se especialmente nos 3 últimos dias desta semana: a Quinta-feira da Ceia, a Sexta-feira da Paixão e o Sábado da Vigília. Assim, compõe-se o Tríduo Pascal, cujo sentido é a contemplação da Paixão e Ressurreição de Cristo, abrangendo toda a totalidade do mistério pascal (refletindo-se no domingo da Ressurreição).
Temos, portanto, uma celebração de 3 dias, indo da dor à glória, da agonia diante da morte à vitória sobre a mesma. Através de profunda reflexão, compreendemos que a dor é elemento essencial para se forjar a alegria, através da qual passamos das trevas à luz (como o próprio Senhor nos diz em João 12,24 e 16,20, para citar exemplos).

1º Dia: Quinta-feira

"Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos." (João 15, 12-13)

Leituras: Êx 12,1-8.11-14/ Sl 115/ 1Cor 11,23-26/ Jo 13,1-15

Iniciando-se na missa vespertina da Quinta-feira Santa, o Tríduo recorda a Santa Ceia, em que Jesus Cristo instituiu, além da Eucaristia, o Sacerdócio (pois a Igreja mantém viva sua memória até hoje). Como forma de manter a humanidade unida formando um só corpo, Jesus se entrega como alimento (antes mesmo de ser entregue para o sacrifício) através do pão e vinho, chamando seus discípulos a tomarem-os em sua memória. Vale lembrar que a Igreja chama a bênção do pão e do vinho em transubstanciação, ou seja, os alimentos não são uma mera memória ou simbolismo de Cristo; eles são o próprio Cristo, que continua vivo e presente a cada Missa.
Antes do banquete, o evangelho de João nos recorda outro fato importante: o lava pés. Cristo, a fim de ensinar o valor da humildade e serviço ao próximo, lava os pés de seus apóstolos antes da refeição pascal. De início eles não compreendem tal ação (afinal, eles é quem deveriam lavar os pés de seu mestre). Jesus então explica que aquele que quer ser grande, deve fazer-se o menor de todos, colocando-se a serviço do próximo. É assim que nos tornamos dignos de sentarmo-nos à mesa do Senhor e partilhar de seu banquete de vida eterna.

2º Dia: Sexta-feira

"Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas." (Isaías 53, 5)

Leituras: Is 52,13-53,12/ Sl 30/ Hb 4,14-16;5,7-9/ Jo 18,1-19,42

Este é o dia de profundo recolhimento e penitência, pois nele recordamos a Paixão e Morte de Nosso Senhor na cruz.
É comum que o dia seja iniciado com a Via Sacra, onde meditamos sobre os passos de Nosso Senhor. Às 3 da tarde (hora de sua morte) inicia-se a celebração que se divide em 3 atos:

1º: Liturgia da palavra: após uma breve oração inicial, adentramos na liturgia, recordando os momentos finais de Jesus, desde sua prisão, passando pelo julgamento, condenação e culminando em sua morte na cruz, redimindo toda a Humanidade do pecado. É o ato de amor supremo, diante do qual Jesus não vacilou e bebeu do cálice da amargura até a última gota.
Após a liturgia e um silêncio profundo, os fiéis se reúnem em uma oração solene, pela Igreja e pelo mundo.

2º: Adoração da Cruz: como na Sexta-feira não é celebrada a Ceia, à Liturgia prossegue-se a adoração da Santa Cruz, símbolo do supremo sacrifício de Nosso Senhor e sinal de vitória sobre o mal.

3º: Comunhão: após a oração do Pai Nosso, os fiéis são chamados para comungarem das espécies eucarísticas (cujas partículas foram consagradas no dia anterior.)

O principal sinal exterior de participação no sacrifício pascal é o jejum, especialmente de carne (por ser Jesus o próprio Cordeiro imolado).

3º Dia: Sábado

"Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus! Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus." (Romanos 6, 10-11)
 
Leituras: Gn 1,1 - 2,2/ Sl 103/ Gn 22,1-18/ Sl 15/ Ex 14,15 - 15,1/ Medit.: Ex 15/ Is 54,5-14/ Sl 29/ Is 55,1-11/ Medit.: Is 12/ Br 3,9-15.32 - 4,4/ Sl 18/ Ez 36,16-17a.18-28/ Sl 41/ Rm 6,3-11/ Sl 117/ Mc 16,1-7

A Igreja recolhe-se junto do sepulcro de Jesus, meditando sua Paixão e Morte. O dia é marcado por profundo silêncio e meditação.
À noite, inicia-se a Vigília Pascal, durante a qual Nosso Senhor faz o caminho de volta da mansão dos mortos e ressurge vencedor da morte. 
Começando com a Celebração da Luz, que é o próprio Cristo, este rito inicial compreende: a bênção do fogo, preparação do círio, procissão e anuncio pascal. O templo deve permanecer escuro, apenas a luz do círio deve brilhar em meio as trevas, assim como Cristo Ressuscitado brilha. Nesta luz são acesas as velas do povo, enquanto se canta três vezes sucessivas: “Eis a luz e Cristo.”e o povo responde: “Demos graças a Deus”.
Dando prosseguimento, celebramos a Liturgia da Palavra. Neste dia, ela encontra-se mais extensa que nos demais dias do ano, abrangendo diversas passagens do Antigo e Novo Testamentos como forma de recordar-se as maravilhas que Deus faz por seu povo desde o início. As promessas da antiga Aliança tornam-se patentes na Nova.
Em seguida, há a Liturgia Batismal. Através da ladainha de todos os santos, a assembleia é chamada a renovar suas promessas batismais. A água é abençoada e aspergida sobre o povo, simbolizando o batismo que todos receberam e que, agora, é renovado, pois com Cristo renascemos da morte.
Por último, a Liturgia Eucarística, como o memorial do sacrifício da Cruz e da presença do Ressuscitado. Rendemos a ação de graças e o sacrifício perfeito, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
A Missa do Sábado Santo é a primeira das duas cantadas na Páscoa. Esta Celebração ostenta o caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte contraste com a mágoa intensa da Sexta-feira Santa. O final do Sábado Santo, com seus três aspectos do mesmo e único Mistério Pascal: Morte, Sepultamento e Ressurreição de Jesus, está no ápice do Tríduo Pascal.  
O Domingo, primeiro dia da criação agora toma uma conotação maior: neste dia onde tudo é recriado pelo poder ressuscitador do Espírito de Deus; nós também o somos. Assim, o domingo se torna o Dia do Senhor. Este dia é o sol da semana, o grande dia que celebramos a Páscoa do Senhor, que agora saiu do sepulcro e está no meio de nós, vivo.

A morte, a dor, as guerras, o pecado não tem mais a ultima palavra apesar do mundo estar cheio disso tudo, há uma vitória que é maior que tudo isto, está acima de tudo, esta acima do céu, está no meio da terra, está nos nossos corações.  

Fontes:
Aviso: em razão do Tríduo Pascal, não haverão postagens durante os próximos 3 dias. Retornaremos, portanto, no domingo, com a celebração da Páscoa do Senhor.
À todos, desejamos uma Semana Santa abençoada, de muita paz e oração! Que as bênçãos do Senhor Jesus estejam com todos!

terça-feira, 27 de março de 2018

Semana Santa - Terça-feira (27/03/2018) / Dicas de Cinema #1

''Contemplemos o Cristo que está presente no pobre, no doente, no escravizado, em quem passa dificuldades.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Is 49,1-6/ Sl 70/ Jo 13,21-33.36-38

''A Eucaristia nos purifica a cada dia'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/a-eucaristia-nos-purifica-a-cada-dia/

Santo do Dia: Santa Lídia



Dicas de Cinema #1:
Especial Semana Santa

No post de hoje, iniciaremos a sessão Dicas de Cinema, com indicações de filmes bíblicos e com temas relacionados. Para este mês, faremos um especial da Semana Santa, com filmes acerca da vida e Paixão de Jesus Cristo.

1º: A Paixão de Cristo (de Mel Gibson, 2004)

O primeiro (e talvez o mais famoso) da lista retrata as últimas 12 horas de vida de Jesus, iniciando com sua agonia no Horto das Oliveiras até seu sepultamento. Não é exagero afirmar que este é o retrato mais realista do episódio da Paixão, encenada em detalhes dolorosos e chocantes (nenhum outro filme do mesmo tema trazia um nível de violência tão angustiante). Mesmo 14 anos após sua estreia, continua incomparável: a opção do diretor em utilizar os diálogos em aramaico e latim garantiu uma verossimilhança única. Profundamente católico, o filme dá um destaque especial à Virgem Maria (que acompanhou seu filho em cada passo da Via Dolorosa) e aponta a íntima relação com o Calvário e o Sacramento da Eucaristia. 
Muito mais que um filme, é uma experiência forte e revigorante.
Ao final do post, segue um link que traz mais detalhes do longa, inclusive as transformações que trouxe à vida dos envolvidos na produção, especialmente do protagonista Jim Caviezel.

2º: Ressurreição (de Kevin Reynolds, 2016)

Alguns encaram este filme como uma espécie de sequência de A Paixão de Cristo, por começar exatamente na morte de Jesus e concentrar-se dos dias seguintes à ressurreição.
A história desenvolve-se sob o ponto de vista do centurião romano (e cético) Clavius, designado pelo próprio Pôncio Pilatos para investigar o que ocorreu 3 dias após a crucificação, diante do sumiço do corpo de Jesus. Os diversos relatos, desde os fariseus e oficiais romanos, lutando para encobrir os fatos, até os próprios discípulos de Cristo, afirmando que este ressuscitou dos mortos como havia prometido, enchem sua mente de dúvidas, levando-o a questionar suas convicções e o propósito de sua busca.
Afinal, o que aconteceria a um cético caso presenciasse um evento sobrenatural com os próprios olhos? E que caminhos sua vida seguiria, após um encontro com alguém que jurava estar morto?
A forma original como contaram uma história tão conhecida dá destaque a este filme.

3º: Jesus de Nazaré (de Franco Zefirelli, 1977)

O seguinte filme trata-se, na verdade, de uma minissérie de TV que possui entre 5-6 horas de duração (sendo, posteriormente, editada em formato de filme).
Este é, talvez, o melhor e mais completo retrato da vida de Jesus Cristo, condensando muito bem os 4 evangelhos. Inicia-se em Nazaré, durante um período difícil para o povo (sob o jugo de Roma). A expectativa pelo tão prometido salvador vem a realizar-se da forma mais inimaginável: numa família humilde, concebido por uma jovem virgem. Seguem-se momentos essenciais, como a vida pública de Jesus, seus milagres e ensinamentos, seus embates contra os fariseus, culminando em sua Paixão, morte e ressurreição.
Com um dos melhores elencos já reunidos, até hoje é um clássico que é reprisado todo ano durante a Semana Santa. Destaque especial para o protagonista Robert Powell, cuja imagem ficou associada pra sempre a de Jesus: sua poderosa interpretação mescla muito bem a serenidade do bom pastor à imponência do juiz misericordioso, porém justo. Imperdível.

4º: Ben-Hur (de William Wyler, 1959)

Apesar de não ser um relato bíblico, é um filme profundamente cristão. Em paralelo à história de Cristo, somos apresentados ao personagem fictício Judah Ben-Hur, nascido em uma rica família judia de Jerusalém. Seu amigo de infância Messala, um tribuno romano, tenta convencer Ben-Hur a associar-se ao governo romano (devido à influência que sua família possui); este, porém, defende a liberdade e independência de seu povo. O conflito de visão de ambos vai atingindo proporções épicas quando, após um mal entendido durante o desfile de recepção do novo governador da Judeia, Messala encontra uma oportunidade de incriminar Ben-Hur e sua família, condenando-o à escravidão.
Isso desperta o desejo de vingança em Ben-Hur que, após treinar como gladiador e corredor de bigas, parte para Roma para o reencontro com seu outrora amigo. Mas seus planos podem tomar outro rumo, quando cruzar seus passos com o do próprio Jesus.

Baseado num romance de 1880, a história já teve, ao menos, 4 adaptações (a mais recente é de 2016 que, além de contar com uma maior presença de Jesus, aprofunda temas como o rancor e o perdão), sendo a mais famosa protagonizada por Charlton Heston em 1959. É um dos maiores épicos da história do cinema, sendo o primeiro filme a vencer 11 Oscar. Destaque especial para a corrida de bigas e o desfecho emocionante, que mostra que até mesmo um coração tão ferido e corroído pela vingança é capaz de encontrar a redenção, diante da cruz de  Cristo.

5º: Jesus (de John Krish e Peter Sykes, 1979)

Também chamado de ''Jesus - O Filme'' e ''Jesus, segundo o Evangelho de Lucas''. Trata-se de uma adaptação da vida de Cristo baseada integralmente no Evangelho de Lucas.
A produção destaca-se pelo rigor em reproduzir o ambiente da Palestina do primeiro século: vestuário e alimentos foram produzidos seguindo as mesmas técnicas da época, e foi filmado nos mesmos locais em Israel onde ocorreram os fatos narrados na Bíblia, com a maior parte do elenco composta de atores israelitas e árabes, o que garantiu uma maior fidelidade ao retratar os costumes locais.
Fontes apontam este filme como o mais traduzido do mundo (cerca de 1.400 idiomas), tendo sido utilizado, inclusive, como instrumento de evangelização por várias correntes cristãs (devida à fidelidade que possui com o texto de São Lucas).
De produção cuidadosa e envolvente (destaque especial para as pregações de Jesus), é um filme que merece ser conhecido.


6º: Maria, Em Nome da Fé (de Kevin Connor, 1999)

Também chamado de ''Maria, Mãe de Jesus''. Talvez o menos conhecido da lista, o filme relata a vida de Jesus sob o ponto de vista de Maria, desde sua juventude em Nazaré, quando foi escolhida para ser a mãe do Salvador e enfrentou a desconfiança de seus familiares, amigos e até de seu noivo José, até o Calvário, sofrendo junto com seu filho aos pés da cruz.
De produção modesta, é um dos poucos filmes em que se dá destaque à figura de Maria, figura tão amada pelos católicos e peça fundamental nos planos de Deus para a redenção da humanidade.
No papel de Jesus, está o então astro em ascensão Christian Bale, que anos depois interpretaria Moisés em ''Êxodo - Deuses e Reis''.




7º: Paulo, Apóstolo de Cristo (de Andrew Hyatt, 2018)

O último item da lista é a mais recente estreia dos cinemas, chegando ao Brasil dia 03 de maio.
O filme se passa muito após a ressurreição de Cristo, acompanhando as missões dos discípulos e o desafio em anunciarem o Evangelho enquanto as perseguições às primeiras comunidades cristãs vão se tornando cada vez mais intensas.
Paulo, prisioneiro e à espera da execução, continua transmitindo a mensagem de Cristo através de suas Epístolas. Durante seu período de cativeiro, recebe visitas de Lucas, seu companheiro de viagens que, a partir dos relatos do Apóstolo dos Gentios, escreveria os Atos dos Apóstolos. A narrativa alterna entre o presente (a luta pela sobrevivência durante o jugo do imperador Nero) e o passado (mostrando a vida de Paulo antes de sua conversão e a partir dela, enfrentando a desconfiança de quem o conhecia como implacável perseguidor dos discípulos).
Trata-se da jornada de 2 homens que, profundamente tocados pela mensagem de salvação, desafiam o ódio e a descrença num período tão difícil, em que o reino de Cristo parecia tão longe de se concretizar. Período em que o amor chega como a resposta ao ódio, renovando a chama da fé.
Curiosidade: no papel do evangelista São Lucas está Jim Caviezel, que viveu ninguém menos que Jesus Cristo no aclamado A Paixão de Cristo.

Fontes: http://www.adorocinema.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
https://pt.aleteia.org/

''Por que vale a pena assistir de novo à Paixão de Mel Gibson'': matéria do Pe. Paulo Ricardo:
https://padrepauloricardo.org/blog/por-que-vale-a-pena-assistir-de-novo-a-paixao-de-mel-gibson

segunda-feira, 26 de março de 2018

Semana Santa - Segunda-feira (26/03/2018) / A Semana Santa, dia por dia

''Ao início da Semana Santa, despertemo-nos para o extremo do amor de Cristo por nós.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Is 42,1-7/ Sl 26/ Jo 12,1-11

''O nosso referencial é Jesus'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/o-nosso-referencial-e-jesus/

Santo do dia: São Bráulio, bispo em Saragoça:
https://santo.cancaonova.com/



Semana Santa:
os significados de cada dia

        Ontem, demos início à Semana Santa. Este período é o ápice da vida litúrgica da Igreja, pois é quando recordamos o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz, pela remissão dos pecados de todo o mundo, bem como aguardamos sua ressurreição e vitória sobre a morte. As orações, aqui, tornam-se mais profundas, e somos convidados a contemplarmos a Santa Cruz, refletindo sobre seu valor redentor. 
          A seguir, apresentaremos o significado de cada dia desta semana:

Domingo de Ramos – Dia 1

O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa com a entrada de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa O condenarão à morte.Jesus é recebido com ramos de palmeiras.
Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias”… E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O Domingo de Ramos também é lembrado como o dia em que Jesus foi recebido com festa em Jerusalém, depois de ter passado 40 dias de jejum e tentação, sozinho no deserto.

Segunda-Feira Santa – Dia 2

É o segundo dia da Semana Santa. Onde o Nosso Senhor dos Passos começa sua caminhada rumo ao calvário.
Na Segunda-feira Santa é o dia que contemplamos a caminhada do Nosso Senhor dos Passos rumo ao calvário. Nosso Senhor dos Passos é uma invocação de Jesus Cristo e uma devoção especial na Igreja Católica. Essa procissão faz memória ao trajeto percorrido por Jesus Cristo desde sua condenação à morte no pretório até o seu sepultamento, após ter sido crucificado no Calvário.
A procissão dos Passos, tradição implantada em Portugal pelos Franciscanos ao longo do século XVI, é uma espécie de repetição do caminho de Jesus, desde o Pretório até ao Calvário.
Trata-se de uma reconstituição das ruas de Jerusalém, uma Via Sacra mais imponente e com forte intensidade dramática, em que o próprio Cristo caminha com os devotos que se mantém hoje como catequese viva e apelo profundo à conversão.
O Senhor dos Passos, levando a cruz às costas, atravessa as ruas, como outrora percorreu as de Jerusalém. No meio do percurso dá-se o Encontro de Jesus com a sua Mãe, a “Senhora das Dores”, um dos momentos centrais do cortejo.
Em muitos lugares, a procissão inicia-se com o Sermão do Pretório e termina com o Sermão do Calvário. O figurado processional depende das tradições locais, mas geralmente recorda passagens  evangélicas da Paixão, trechos do profeta Isaías, e as personagens que marcaram a passagem terrena do Messias. Os penitentes também estão presentes.

Terça-Feira Santa – Dia 3

É o terceiro dia da Semana Santa, em que com grande tristeza, Jesus anuncia a sua morte, causando grande sofrimento aos seus discípulos. Anuncia também a traição, e indica o traidor, beijando Judas.
Com isto Jesus, manifesta em pleno o Seu amor por todos nós, e consciente aceita o destino que O aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus, e assim, para que a Sua salvação chegue até aos últimos confins da terra.
A terça-feira também é conhecido pela parábola em que Jesus amaldiçoa uma figueira.

Por que a figueira foi amaldiçoada?

“Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?” (Mt 21.18-20)
Jesus quis apenas ensinar a seus Apóstolos que Ele tinha poder de exterminar seus inimigos, se o quisesse. Estava Jesus nos últimos dias antes de sua Paixão terrível, e Ele queria deixar claro aos seus discípulos que Ele tinha poder infinito, e que só morreria porque aceitava morrer por nós e por nossos pecados.
Toda figueira existe para produzir figos, para nos dar sombra, para embelezar o mundo. A figueira que Cristo fez secar foi usado por Ele para nos ensinar.
Essa figueira foi usada para um fim bem mais elevado do que dar figos para serem mastigados e digeridos. Cristo a utilizou pra nos ensinar como Ele poderia ter exterminado seus inimigos fariseus se assim desejasse. Mostrou também que Israel era uma Nação sem frutos de arrependimento. Deste modo aprendemos muito com essa lição imprescindível!

Quarta-Feira Santa – Dia 4

É o quarto dia da Semana Santa. Encerra-se na Quarta-feira Santa o período de Quaresma. Em Algumas Igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebra o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Algumas igrejas ainda celebram o Ofício das Trevas (em latim, Tenebrae, que significa escuridão). Na cerimônia, sempre noturna, recitam-se salmos penitenciais e de lamentação à luz de um candelabro com quinze velas, que vão sendo apagadas a cada leitura até que a igreja fique em total escuridão.
O ritual simboliza o luto e a escuridão que tomaram a Terra após a morte de Cristo. As velas são uma metáfora. As velas sendo apagadas representam os discípulos que, um a um, abandonaram Cristo durante sua Paixão.
Ao final das leituras, que coincide com o apagar da última vela, os oradores fecham o livro com um estrépito, simbolizando o terremoto que ocorreu no momento em que Jesus entregou seu espírito aos céus.
Considerado um dos mais belos rituais da Igreja Católica, o Ofício das Trevas também pode ser celebrado na Quinta ou na Sexta-Feira Santa.
As Sete Dores de Nossa Senhora:
- A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas 2:34-35);
- A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2:13-21);
- O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas 2:41-51);
- O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas 23:27-31);
- Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (Stabat Mater) (João 19:25-27);
- Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27:55-61);
- Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas 23:55-56).

Quinta-Feira da Ceia – Dia 5

É o quinto dia da Semana Santa. Neste dia é relembrada especialmente a Última Ceia.
É realizada nas catedrais diocesanas, a Missa dos Santos Óleos, onde o Bispo diocesano abençoa o óleo dos Catecúmenos, o óleo dos Enfermos e consagra o óleo do Crisma que será usado por todas as paróquias de sua diocese durante um ano até a próxima quinta-feira Santa. Vale ressaltar a curiosidade de que se houver sobras do óleo do ano anterior, esta sobra é queimada.
Para a consagração do Crisma, o Bispo pede a Jesus que envie o Espírito Santo Paráclito, para que torne o óleo santo e que todas as pessoas ungidas com ele se tornem “soldados de Cristo”.
Nesta missa, os bispos diocesanos tem também a oportunidade de celebrar com seu clero particular, e em comunhão com todo o mundo, a instituição do sacerdócio.
À Tarde, após o pôr-do-sol, é celebrado a Missa de Lava Pés, onde se relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os pés dos seus doze discípulos e comendo com eles a ceia derradeira. É neste momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata.
É nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e no amanhecer da sexta-feira açoitado e condenado.
A igreja fica em vigília ao Santíssimo. relembrando as sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza desnudando os altares, quando é retirado todos os enfeites, toalhas, flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer.
A igreja fica em vigília de oração, relembrando as sofrimentos começados por Jesus nesta noite. Os templos se revestem de luto e tristeza, desnudando os altares, retirando todos os enfeites, toalhas, flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. O Santíssimo Sacramento também é deslocado para um lugar a parte, sem acesso dos fiéis, fazendo memória à morte de Jesus.

Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão – Dia 6

Este é o momento onde a Igreja recorda a Morte do Salvador. É o único dia que não se celebra a Missa e não há consagração das hóstias.
É celebrado a Solene Ação Litúrgica da Paixão e Adoração da Cruz, onde a equipe de celebração adentra a Igreja em silêncio, e o padre se prostrando em frente ao altar (que simboliza o próprio Cristo, sendo ali o local onde o Cordeiro é imolado), em sinal de humildade e de tristeza.
É realizada a narrativa da Paixão, que narra os acontecimentos desde quando Jesus foi interrogado, a Oração Universal, que reza pelos que não creem e Deus e em Cristo, pelos Judeus, pelos poderes públicos, dentre outros, e a Adoração da Cruz.
O Evangelho da Paixão, é narrado, contando todos os acontecimentos desde quando Jesus foi interrogado até seu sepultamento; após a homilia segue a Oração Universal, na qual reza-se pelos que não creem em Deus, e em Cristo, pelos Judeus, pelos poderes públicos, dentre outros. Segue a celebração com a Adoração da Cruz, onde todos os fiéis são convidados à reverência pessoal através do ósculo; após o rito da comunhão, a celebração encerra-se em silêncio, sem bênção final.
À noite, tradicionalmente é realizada a Procissão do Enterro. Algumas Igrejas relembram as sete dores de Maria e encenam a descida da Cruz.
Nesta noite, é celebrada a Vigília Pascal, a vigília de todas as vigílias. Nela acontece a benção do fogo novo, a Proclamação da Páscoa e a Renovação das Promessas do Batismo. Com o fogo novo se acende o Círio Pascal, que representa a vida nova em Jesus Cristo. É a única celebração, em que a Igreja recomenda, durante todo o ano litúrgico, que as luzes da Igreja estejam apagadas.

Sábado da Vigília ou Sábado da Aleluia – Dia 7

É o dia que antecede a ressurreição de Jesus Cristo, dia dedicado a oração junto ao túmulo do Senhor Morto.
Nesta noite, é celebrada a Vigília Pascal, a vigília de todas as vigílias. Nela acontece a benção do fogo novo, a Proclamação da Páscoa e a Renovação das Promessas do Batismo. Com o fogo novo se acende o Círio Pascal, que representa a vida nova em Jesus Cristo.
“Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A única referência bíblica ao que aconteceu no sábado entre a morte e a ressurreição de Jesus é encontrada em Mateus 27:62-66.
Após o pôr do sol no sábado – no fim do sábado dos judeus – os sumos sacerdotes e os fariseus foram a Pilatos e pediram que um guarda ficasse de plantão no túmulo de Jesus para prevenir que os discípulos removessem o corpo.
Ele se lembraram de Jesus dizendo que Ele iria ressuscitar em três dias (João 2:19-21) e queriam fazer tudo o que podiam para impedir isso.
Sabemos por meio de outras narrativas que os guardas romanos foram insuficientes para impedir a ressurreição e aqueles que retornaram ao túmulo no domingo de manhã o encontraram vazio. O Senhor tinha ressuscitado.

Domingo de Páscoa – Dia 8

É o dia da ressurreição de Jesus, e a comemorações mais importantes do cristianismo, que celebra a vida, o amor e a misericórdia de Deus.
Este é o último dia da Semana Santa. A ressurreição de Jesus é um fato de importância monumental. Jesus é a única pessoa que passou pela face desta terra que, apesar de ter morrido, ainda foi ressuscitado dentre os mortos e agora vive para sempre.









domingo, 25 de março de 2018

Domingo de Ramos - Início da Semana Santa (25/03/2018)

''Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.''
Ano B/ Cor litúrgica: vermelho
Leituras: Is 50,4-7/ Sl 21/ Fl 2,6-11/ Mc 15,1-39 – Forma breve

''Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor'':

Homilia dominical do Pe. Paulo Ricardo

''As lições do Domingo de Ramos'', pelo Prof. Felipe Aquino (via Cléofas):

Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!

sábado, 24 de março de 2018

5ª Semana da Quaresma - Sábado, 24 de março de 2018

''Os inimigos da vida não querem ver triunfar aquele que perdoou pecadores, curou doentes, libertou oprimidos.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Ez 37,21-28/ Salmo responsório: Jr 31,10-13/ Jo 11,45-56

''Jesus causa inquietação na nossa vida'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/jesus-causa-inquietacao-na-nossa-vida/

Santo do Dia:
Santa Catarina da Suécia


A vida de Santa Catarina e de sua mãe Santa Brígida testemunham que a santidade nasce nas famílias.

sexta-feira, 23 de março de 2018

5ª Semana da Quaresma - Sexta-feira, 23 de março de 2018

''Compreendamos, pois, que somente em Cristo encontramos a vida e a redenção.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Jr 20,10-13/ Sl 17/ Jo 10,31-42

''Cristo é o promotor da paz'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/cristo-e-o-promotor-da-paz/

Santo do Dia:
São Turíbio de Mongrovejo


Homem apostólico, foi escolhido bispo e enviado ao Peru


quinta-feira, 22 de março de 2018

5ª Semana da Quaresma - Quinta-feira, 22 de março de 2018

''Deixemo-nos, pois, conduzir pela graça divina e não por nossa pequena razão.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Gn 17,3-9/ Sl 104,4-9/ Jo 8,51-59

''Jesus, tu tens palavras de vida eterna!'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/jesus-tu-tens-palavras-de-vida-eterna/


Santo do Dia:
Santa Léia
Aprendamos de Santa Léia o cultivo do silêncio como forma de alimentar nosso maior contato com o amor de Deus.

quarta-feira, 21 de março de 2018

5ª Semana da Quaresma - Quarta-feira, 21 de março de 2018

''Pelo batismo somos chamados a nos tornar discípulos-missionários do Reino de Deus.''

Ano B/Cor litúrgica: roxo

Leituras: Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95/ Salmo responsório: Dn 3,52-56/ Jo 8,31-42

''O pecado escraviza'': homilia diária do Pe. Paulo Ricardo:
https://padrepauloricardo.org/episodios/o-pecado-escraviza

Santo do Dia:
São Nicolau de Flue


São Nicolau, depois de um matrimônio feliz e fecundo, dedicou-se muitos anos numa vida de silêncio e profunda contemplação.



terça-feira, 20 de março de 2018

5ª Semana da Quaresma - Terça-feira, 20 de março de 2018

''O Senhor continua a nos falar nesta Quaresma e espera nosso sim para seu amor.''

Cor litúrgica: roxo

Leituras: Nm 21,4-9/ Sl 101,2-21/ Jo 8,21-30

''Criticar Deus é envenenar a alma'': homilia do Papa Francisco na missa em Casa Santa Marta (20/03):

Santo do Dia:
Santo Ambrósio de Sena, homem do perdão e da reconciliação


Fontes:





segunda-feira, 19 de março de 2018

São José, esposo da Virgem Maria - Segunda-feira, 19 de março de 2018

''Deus conta com os humildes para realizar seu plano de amor.''


Cor litúrgica: branco
Leituras: 
2Sm 7,4-5a.12-14a.16/ Sl 88/ Rm 4,13.16-18.22/ Mt 1,16.18-21.24a

''São José, valei-nos!'' - Homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):

Santo do Dia:
São José
Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família
Novena a São José:
Como a Tradição narra a morte de São José:
As virtudes de São José, modelo para todos os homens:
Maria e José, modelo para todos os casais:
O exemplo do silêncio de São José:

Leitura indicada: ''O Glorioso São José'' (prof. Felipe Aquino):


Fontes:
https://www.cancaonova.com/
cleofas.com.br/prof-felipe-aquino/
https://padrepauloricardo.org/