domingo, 30 de setembro de 2018

Setembro, o Mês da Bíblia - Parte III (Domingo, 30 de setembro de 2018)


''Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.''
(Salmo 119,105)


>Clique aqui para ler a 2ª parte do especial da Bíblia!


3ª Parte: O Cânon bíblico

Uma questão de grande debate entre as vertentes do cristianismo dá-se a respeito do cânon bíblico, isto é, os livros que compõe a Bíblia.
A Igreja Católica, por mais de 600 anos, tem definido 46 livros para o Antigo Testamento e 27 para o Novo, totalizando 73 livros, de acordo com a seguinte lista:

Antigo Testamento: 
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio (Pentateuco); Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas (ou 1 e 2 Paralipômenos), Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1Macabeus, 2Macabeus (Livros históricos); Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (ou Coélet), Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácida) (Livros poéticos e sapienciais); Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Livros proféticos). 

Novo Testamento: 
Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas, João; Atos dos Apóstolos; Epístolas aos Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filêmon, Hebreus; Epístolas "católicas" de Tiago, 1Pedro, 2Pedro, 1João, 2João, 3João, Judas; Apocalipse de João. 

Já para os cristãos de vertente protestante, a grande diferença se dá na lista do Antigo Testamento. 
No período da Reforma Protestante, uma das grandes ideias defendidas foi a de que a Igreja se corrompeu, afastando-se de suas raízes. Com o intuito de trazerem o foco de volta às Escrituras, os protestantes encontraram um cânon diferente do católico, com 7 livros a menos, totalizando 39. Daí, criou-se o pensamento de que a Igreja adicionou 7 livros aos 39 canônicos. Mas o que ocorreu, na verdade, foi bem diferente.

Na época em que os apóstolos iniciaram sua missão de dar continuidade aos ensinamentos de Cristo, eles dispunham de uma tradução grega das Escrituras, a Versão dos LXX (ou Septuaginta), à qual foram-se adicionando os livros do Novo Testamento, que começou a ser compilado cerca de 20 anos após a morte de Jesus. Assim, todo o conhecimento da geração dos apóstolos a respeito das Escrituras partiu dessa tradução. Nessa tradução, encontram-se os 7 livros que, um século depois, seriam considerados "apócrifos" para os judeus (decisão tomada no concílio de Jâmnia). 
Visando difamar os apóstolos, acusando-os de heresia por pregarem uma doutrina diversa da defendida por eles (vale lembrar que os judeus não consideravam Jesus o Messias prometido por Deus, e assim o é até hoje para grande parte deles), foram estabelecidos critérios para a validade dos livros canônicos:

.O livro não poderia ter sido escrito fora do território de Israel. 
.O livro não poderia conter passagens ou textos em aramaico ou grego, mas apenas em hebraico. 
.O livro não poderia ter sido redigido após a época de Esdras (458-428 aC). 
.O livro não poderia contradizer a Lei de Moisés (Pentateuco). 

Com esse filtro, 7 livros acabaram sendo apontados como contraditórios e, portanto, apócrifos: Tobias, Judite, 1 e 2 dos Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc, mais alguns fragmentos em grego em Ester e Daniel. 
Desde o séc. XVI até meados do séc. XIX, houve debates sobre a validade desses escritos (alguns protestantes ainda os incluíam em suas bíblias; o próprio Martinho Lutero, em sua tradução em alemão, colocou-os como apêndice logo depois dos livros aceitos). Desse período em diante, decidiram abolir de vez tais livros da Bíblia, adotando-se o cânon de 66 livros que é comum no meio protestante atualmente.

Porém, vale ressaltar as contradições acerca dessa decisão: apesar de ser aparentemente nobre a intenção de retomar as raízes bíblicas, os protestantes esbarraram na falta de informação histórica. Entre o período de Esdras até o início da Era Cristã, grupos judeus migraram para regiões onde o grego era a língua predominante. Aos poucos, o hebraico foi caindo em desuso para eles. Buscando conservar as Escrituras que lhes foram transmitidas por gerações, traduziram para o grego os livros que, mais tarde, comporiam a Septuaginta. Outro fato é que nem entre os judeus havia um acordo sobre o cânon correto: alguns adotavam apenas a Torá (o Pentateuco cristão) como divinamente inspirado; outros defendiam também os livros proféticos e os escritos sapienciais etc.

Portanto, cabem aqui algumas perguntas: por qual motivo basear-se em um concílio judaico (que não possui relação alguma com a então crescente comunidade cristã, e cujos efeitos não se aplicam a eles), sendo que tal concílio fora organizado unicamente para difamar os apóstolos de Cristo - estes, os legítimos herdeiros da Nova Aliança e portadores da Palavra - acusando-os de promoverem um ensino impróprio? E qual a base para dizer que certos livros do Antigo Testamento não são inspirados enquanto que, sobre o Novo, não há discussão sobre a lista de livros (27, os mesmos que os judeus rejeitam por motivos mencionados acima)? Teria o Espírito de Deus se equivocado, revelando uma verdade incorreta e deixando gerações no erro? Vale lembrar que o Novo Testamento possui livros que, durante um tempo, eram também considerados não-inspirados: a epístola aos Hebreus, a de Tiago, a 2ª de Pedro, a 2ª e 3ª de João, a de Judas e o Apocalipse. Quem deu a palavra final sobre sua canonicidade foi a Igreja Católica.


A Igreja Católica, por outro lado, definiu e confirmou em vários concílios a canonicidade dos escritos, atribuindo-lhes o nome de deuterocanônicos, isto é, pertencentes a um segundo cânon. A Igreja ensina que as revelações de Deus não cessaram no período pós-Esdras; tanto que o próprio Jesus disse, no cap. 16 do evangelho de Lucas, que "a Lei e os Profetas duraram até João" (o Batista, pois ele representa a ponte entre a Antiga e a Nova Aliança). Tanto que todos os ensinos dos pais e doutores da Igreja - sejam na forma de concílios e documentos papais, sejam como a história de martírio e intercessão dos santos (algo que os protestantes rejeitam) são vistos como a continuação da mensagem de Deus. 
Sendo a Igreja o corpo visível de Cristo e prefiguração da Igreja celeste do fim dos tempos, é dela a autoridade de ensinar as Escrituras de forma correta - afinal, foi ela quem reuniu, compilou, preservou e canonizou a Bíblia como a conhecemos hoje no meio católico - antes, o ensino era transmitido oralmente, sendo dos apóstolos - membros da Igreja que então crescia mais e mais - a autoridade de ensinar. Estaria ela, então, induzindo os fiéis ao erro durante 2.000 anos de existência? E seus acusadores, empreendendo um combate aos "erros" do Catolicismo, valendo-se de um livro CUJA CANONICIDADE FORA DEFINIDA PELA IGREJA, contradizem a si próprios. Válido seria montarem uma Bíblia nova, baseada em seus próprios gostos, e adotando alguns livros apócrifos das dezenas existentes, e que foram sabiamente rejeitados pela Igreja por serem contraditórios...


Espero que tenham gostado do Especial do Mês da Bíblia. Obviamente, esse é um assunto inesgotável e fonte de inúmeras pesquisas, mas tentamos reunir uma visão básica para aqueles que desejam ter um ponto de partida na leitura de tão maravilhoso e edificante escrito - nada menos que a Palavra de Deus, transmitida através de homens simples, mais rica em ensinamentos e atemporal. Futuramente, traremos mais postagens analisando outros pontos da Escritura, aprofundando os temas já estudados.

Um grande abraço a todos, na paz de Cristo e no amor de Maria!




Fontes de pesquisa:



 

São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja - Domingo, 30 de setembro de 2018

Fonte: https://consagrada-para-amar-blog.tumblr.com/post/130208868086/o-le%C3%A3o-de-s%C3%A3o-jer%C3%B4nimo-primeiro-significado-o

''Quando rezamos, falamos com Deus. Quando lemos a Sagrada Escritura, Deus fala conosco.''
(São Jerônimo)


Ano B/ Cor litúrgica: verde
Leituras:
Nm 11,25-29
Sl 18,8.10.12-13.14 (R.8a 9b)
Tg 5,1-6
Mc 9,38-43.45.47-48


São Jerônimo

São Jerônimo foi um homem de grande cultura, era doutor nas Sagradas Escrituras, teólogo, escritor, filósofo, historiador. Foi ele quem traduziu a Bíblia pela primeira vez, do hebraico e grego para o latim, a língua falada pelo povo. Sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular.

História de São Jerônimo

São Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, no ano de 340. Sua família era rica, culta e de raiz cristã. Ele era filho único e herdou uma pequena fortuna de seus pais. Após a morte deles, Jerônimo foi morar em Roma. Lá, estudou retórica, que é a arte de falar bem, oratória, com os melhores mestres da época. Com isso, adquiriu mais cultura ainda.

Batismo

Apesar de vir de uma família cristã, São Jerônimo ainda não tinha sido batizado. Só aos vinte e cinco anos ele tomou uma decisão madura e pediu o batismo. Então, foi batizado pelo Papa Libério. Depois disso, em oração, sentiu o chamado para a vida monástica. Mas não simplesmente vida monástica. Seu chamado era para a vida monástica dedicada à oração e ao recolhimento e ao estudo. Então, ele descobriu monges que viviam na Gália, atual França, e foi morar com eles. Lá, Jerônimo formou uma comunidade com seus amigos e discípulos. Estes dedicavam-se ao estudo da Bíblia e das obras de teologia.

A vida radical de São Jerônimo

São Jerônimo tinha um temperamento forte e radical. Por isso, foi procurar o deserto. No deserto, entrava num ritmo de orações e jejuns tão rigorosos que quase chegou a falecer. Tempos depois de se fortalecer no deserto, ele foi para Constantinopla, segunda capital do império romano. Lá, onde encontrou-se com São Gregório. Este lhe mostrou o caminho do amor pelo estudo das Sagradas Escrituras.
Por isso, São Jerônimo decidiu dedicar sua vida ao estudo da Palavra de Deus, para transmitir o cristianismo em sua máxima fidelidade, ao maior número de pessoas passível. Por causa desse objetivo, e usando sua grande aptidão para aprender línguas, estudou hebraico e grego. Seu objetivo era compreender as escrituras nas suas línguas originais para transmitir um ensinamento seguro aos fiéis..

A Vulgata, primeira tradução da bíblia

A fama da cultura e sabedoria de São Jerônimo se espalhou e chegou até Roma. Por isso, o Papa Dâmaso o chamou e lhe deu a grandiosa missão de traduzir a Bíblia para o Latim, a língua do povo. Por isso, sua tradução foi chamada de Vulgata, ou seja, popular. O Papa queria uma tradução mais fiel possível do hebraico e do grego para o latim e que, ao mesmo tempo, o povo pudesse compreender.
São Jerônimo reunia todas as condições para fazer este trabalho. Ele se tornou, então, o secretário do Papa. Por causa disso é que temos hoje a Bíblia traduzida para o português e várias línguas. Essas traduções vieram da Tradução Popular de São Jerônimo.

São Jerônimo e os anos de trabalho árduo

Este trabalho de São Jerônimo durou muitos anos, pois ele procurava, em cada versículo, a tradução mais fiel possível, para que o povo conhecesse em profundidade as riquezas da Palavra de Deus. Por isso, a tradução de São Jerônimo se tornou a base da tradução bíblica da igreja, aprovada no Concilio de Trento. Em sua tradução, além da extrema fidelidade aos textos originais, São Jerônimo mostrou uma grande riqueza de informações sobre a história da salvação.

Mudança para Belém

Terminado esse imenso trabalho, São Jerônimo foi morar em Belém, a terra onde Jesus nasceu. Lá, viveu como monge num mosteiro fundado por Santa Paula, sua grande amiga e auxiliadora nos trabalhos de estudo e tradução da Bíblia.

Morte de São Jerônimo

São Jerônimo morreu com quase 80 anos no dia 30 de setembro do ano 420. Ele é o Padroeiro dos estudos bíblicos, dos estudiosos da Bíblia. O dia da Bíblia foi colocado no dia de sua morte. Ele escreveu: Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras, ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto, ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo.

Devoção a São Jerônimo

São Jerônimo é representado sempre escrevendo, com muitos livros à sua volta. Esta imagem, claro, faz referência ao inestimável trabalho de tradução da Bíblia que ele fez. Além disso, ele veste roupas de um monge, em referência a seus últimos anos no mosteiro de Belém. A devoção a ele chegou ao Brasil com os colonizadores. No Rio Grande do Sul há uma cidade com o seu nome.

Oração

Ó Deus, criador do universo, que vos revelastes aos homens através dos séculos pelas  Sagradas Escrituras, e levastes o vosso servo São Jerônimo a dedicar sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia. São Jerônimo, iluminai e esclarecei a todos os adeptos das seitas evangélicas para que eles compreendam as escrituras e se deem conta de que contradizem a religião católica e a própria Bíblia, porque eles se baseiam em princípios pagãos e supersticiosos.
São Jerônimo, ajudai-nos a considerar os ensinamentos que nos vem da Bíblia, acima de qualquer outra doutrina, já que é a palavra e o ensinamento do próprio Deus.
Fazei que todos os homens aceitem e sigam a orientação do vosso Pai expressa  nas Sagradas escrituras. Amém. São Jerônimo, rogai por nós.

Fonte de pesquisa:

sábado, 29 de setembro de 2018

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, arcanjos - Sábado, 29 de setembro de 2018

Fonte: https://raiosluminosos.com/2015/09/21/novenas-a-sao-miguel-sao-gabriel-e-sao-rafael-arcanjos/


''Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda,
porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.''
(Salmo 91,10-11)

Ano B/ Cor litúrgica: branco
Leituras:

Dn 7,9-10.13-14

Sl 137(138),1-2a.2bc-3.4-5 (R. 1c)

Jo 1,47-51


Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael


Introdução 

Os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael representam a mais alta hierarquia dos anjos. Eles fazem parte do grupo dos “sete espíritos” citados no livro do Apocalipse. Estes, atendem diretamente ao trono de Deus. Como função, podemos dizer que eles são mensageiros dos decretos de Deus aqui neste mundo. Os nomes de cada um deles testemunham também a missão que têm. Vamos conhecê-los.

São Miguel Arcanjo

O nome Miguel, vem da língua Hebraica. É um nome em forme de uma pergunta: “Quem como Deus?” É, na verdade, uma “pergunta afirmação”, pois "ninguém é como Deus". Sendo este também o significado deste nome. O nome Miguel significa ainda "semelhança de Deus".

Guardião, guerreiro

São Miguel é considerado o guardião celeste, o príncipe e guerreiro, que defende o trono celestial. Ele é também o defensor e protetor do Povo de Deus e Padroeiro da Igreja Católica. São Miguel Arcanjo é o chefe supremo do exército celestial, dos anjos que são fiéis a Deus. Ele é conhecido também como o Arcanjo da Justiça e Arcanjo do arrependimento. São Miguel Arcanjo é o grande combatente e vencedor das forças do mal.

São Miguel Arcanjo nas Escrituras

Seu nome é citado três vezes nas Sagradas Escrituras: A primeira, no Antigo Testamento, está no capítulo 12 do livro de Daniel. A segunda, já no Novo Testamento, na carta de são Judas e a terceira, no capítulo 12 do livro do Apocalipse.

Culto a São Miguel Arcanjo

O culto a São Miguel Arcanjo está presente na Igreja desde os primórdios. A ele são dirigidas novenas e orações pedindo a proteção contra o mal e a direção no caminho de Deus.

São Gabriel Arcanjo

O nome Gabriel também vem do Hebraico e quer dizer "Deus é meu protetor" ou, ainda, "homem de Deus". São Gabriel Arcanjo tem como missão principal ser o anunciador das revelações de Deus.

São Gabriel Arcanjo nas Escrituras

No Antigo Testamento

São Miguel Arcanjo aparece explicando ao profeta Daniel o significado das visões que o profeta tinha envolvendo um carneiro e um bode. Ele também anunciou ao profeta Daniel fatos importantes como o caminho destinado à nação judaica, a vinda do Messias e a rejeição que ele sofreria por parte do seu povo e sua morte neste mundo.

No Novo Testamento

Aparece a Zacarias

São Miguel arcanjo também tem um papel muito especial no Novo Testamento. Primeiramente, ele aparece ao sacerdote Zacarias e anuncia que sua esposa Isabel, já em idade avançada, ficará grávida e dará à luz um filho que se chamará João (João Batista), o precursor de Jesus. Como Zacarias duvidou, por causa da idade avançada, Gabriel o castigou fazendo-o ficar mudo até que o menino nascesse.

Anuncia o nascimento de Jesus

Seis meses depois que Isabel engravidou, São Gabriel Arcanjo apareceu à Virgem Maria com a missão de anunciar que ela seria a Mãe do Salvador. Esta, sem dúvida, foi sua missão mais importante.

Palavras sagradas da Ave Maria

Desta missão, cumprida maravilhosamente por São Gabriel, nasceu a oração talvez mais rezada de todos os tempos: a “Ave Maria”. De fato, as primeiras palavras da Ave Maria são as palavras ditas por São Gabriel Arcanjo à Virgem: “Ave (que significa “alegra-te”) Maria, cheia de graça. O Senhor é contigo.” Se o arcanjo é mensageiro de Deus e só fala aquilo que Deus quer que seja dito, então, podemos concluir que as palavras da Ave Maria foram ditas por Deus! E a segunda parte desta oração foi pronunciada por Santa Isabel “cheia do Espírito Santo”, ressalta São Lucas: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” Assim, rezar a Ave Maria é repetir palavras ditas por Deus.

Aparece a São José

São Gabriel Arcanjo aparece depois a São José e explica a ele, em sonhos, que a gravidez de Maria é obra do Espírito Santo. Por isso, José, que pensava em deixar Maria em segredo por não compreender sua gravidez, recebeu-a como sua esposa e assumiu a grandiosa missão de marido da Mãe do Salvador e pai adotivo de Jesus.

Outras aparições no Novo Testamento

Os teólogos afirmam que São Gabriel Arcanjo apareceu outras vezes no Novo Testamento. Foi quem apareceu aos pastores de Belém para avisá-los sobre o nascimento de Jesus. Foi ele também que avisou os reis magos para que não retornassem ao rei Herodes depois de terem visto o menino Jesus. Foi ele quem ordenou a José que fugisse para o Egito para salvar Jesus da perseguição de Herodes. Foi ele que, depois da morte de Herodes, mandou que José voltasse com Jesus e Maria para Nazaré. Foi ele quem consolou Jesus em sua agonia no horto das Oliveiras e, por fim, foi ele quem anunciou às mulheres que Jesus havia ressuscitado.


São Rafael Arcanjo

O nome Rafael é a junção de duas palavras hebraicas: “Rafa”, que significa cura, e “El”, que significa Deus. Rafael, portanto, significa "Cura de Deus" ou, também, "Curador divino". Ele é considerado o chefe dos anjos da guarda. Também é invocado como o anjo da Providência, aquele que está sempre velando por toda a humanidade. Na missão de São Rafael Arcanjo, está incluída a cura das feridas da alma e do corpo. São Rafael Arcanjo é também um dos sete espíritos que assistem mais próximos de Deus.

Assumiu a forma humana

Segundo as Escrituras, São Rafael Arcanjo assumiu a forma humana e conviveu com seres humanos pelo espaço de alguns meses. A narração se encontra no Livro de Tobias, no Antigo Testamento. Na história, O Arcanjo acompanhou e protegeu o jovem Tobias numa longa e perigosa jornada feita à região da Média, Egito. Durante a viagem, o Arcanjo Rafael guiou Tobias, intermediou seu casamento com Sara e recuperou uma grande soma de dinheiro que era devido ao pai de Tobias (Tobit). Por fim, São Rafael guiou Tobias de volta a seu pai, acompanhado de sua esposa e curou o pai de uma doença nos olhos, que o tornava cego. Depois disso, revelou-se como um dos sete arcanjos que assistem diante de Deus e ordenou que Tobias escrevesse tudo o que lhe acontecera.

Portador da cura divina

São Rafael Arcanjo é o portador da cura divina. Ele conduz a humanidade no caminho de Deus, intercedendo pela cura dos males físicos e espirituais que possam nos desviar do caminho.

Padroeiro da misericórdia

Por este motivo, São Rafael Arcanjo se tornou o padroeiro dos sacerdotes e dos médicos. Além disso, ele é protetor dos viajantes, dos soldados e dos escoteiros. Portador da misericórdia, seu poder espiritual está sempre voltado para os hospitais e as instituições de caridade, onde a misericórdia se faz sempre necessária.

Protetor dos peregrinos

São Rafael arcanjo é também o grande protetor dos peregrinos. E não apenas dos que estão em viagem, mas, também, de todos nós que estamos na grande peregrinação a caminho de Deus. São Rafael Arcanjo protege-nos e guia-nos pelo caminho reto, santo e seguro dessa vida. Ele nos conduz a Jesus Cristo, o Salvador misericordioso, em quem encontramos a felicidade verdadeira e a salvação eterna. Em última análise, somente em Jesus encontramos a cura completa do nosso corpo e da nossa alma.


Orações

Oração a São Miguel Arcanjo

Gloriosíssimo Príncipe da Milícia Celeste, São Miguel Arcanjo, defende-nos no combate contra os príncipes e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso e contra os espíritos malignos espalhados pelos ares. Vem em auxilio dos homens que Deus criou à Sua Imagem e Semelhança e que remiu por alto preço da tirania do demônio. A Igreja Te venera como Guarda e Patrono. A ti Deus confiou as almas remidas destinadas a ter assento na suprema Felicidade. Roga ao Deus da Paz que esmague o demônio debaixo dos nossos pés, para que não possa mais escravizar os homens e causar males à Igreja. Apresenta as nossas preces ao altíssimo, a fim de que, sem demora, nos previnam as Misericórdias do Senhor e tu tenhas o poder de agarrar o dragão, a antiga serpente que é o diabo e satanás, e precipitá-lo acorrentado nos abismos, de sorte que não possa mais seduzir as nações. Amém.”

Oração a São Gabriel Arcanjo

“São Gabriel Arcanjo, vós, Anjo da encarnação, mensageiro fiel de Deus, abri os nossos ouvidos para que possam captar até as mais suaves sugestões e apelos de graça emanados do coração amabilíssimo de Nosso Senhor. Nós vos pedimos que fiqueis sempre junto de nós para que, compreendendo bem a Palavra de Deus e Suas inspirações, saibamos obedecer-lhe, cumprindo docilmente aquilo que Deus quer de nós. Fazei que estejamos sempre disponíveis e vigilantes. Que o Senhor, quando vier, não nos encontre dormindo. São Gabriel Arcanjo, rogai por nós. Amém.”

Oração a São Rafael Arcanjo

São Rafael, Arcanjo da Luz Curadora de Deus, canal aberto para que a vida abundante do Céu possa fluir sobre nós, companheiro de nossa peregrinação até à Casa do Pai, vencedor das hostes malignas da morte, Anjo da Vida: eis-me aqui, necessitado como Tobias de tua proteção e luz. Peço-te que me acompanhes em minha jornada, livrando-me do mal e dos perigos, dando saúde de corpo, mente e espírito a mim e a todos os meus. Especialmente eu te peço hoje esta graça: (coloque aqui a graça que você está pedindo). Já te agradeço pela amorosa intercessão e por estares sempre ao meu lado. Amém.”
Fonte de pesquisa:
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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Setembro, o Mês da Bíblia - Parte II (Quarta-feira, 11 de setembro de 2018)


"Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.''
(2 Timóteo 3,16-17)


>Clique aqui para ler a 1ª parte do especial da Bíblia!

2ª Parte: as origens da Bíblia

As Sagradas Escrituras têm sua origem entre o povo hebreu, abarcando um período entre 1200 ou 1100 a.C. até 100 d.C..
O ponto de partida se deu com a chegada de Abraão e seus descendentes em Canaã. Vale lembrar que, de início, as tradições e histórias do povo hebreu eram transmitidas oralmente, devido ao desenvolvimento progressivo da escrita. E assim permaneceu até os tempos de Davi, em que a junção das tradições Javista e Eloísta (e, em menor grau, a Deuteronômica e Sacerdotal) originou os primeiros documentos escritos, a Torá judaica (posteriormente, também conhecido como o Pentateuco cristão).
Durante um período de aproximadamente 500 anos antes de Cristo, os demais livros do que viria a ser o Antigo Testamento cristão (ou o Tanakh judaico) foram sendo escritos por profetas e seus seguidores, e sábios que, a partir da observação da natureza e fundamentados em reflexões humanístico-religiosas, transmitiam ao seu povo a doutrina do Deus de Israel, o Criador e único ser supremo.


A inspiração

Muito se tem estudado sobre como teria se dado a inspiração que levou à redação da Bíblia. Após muitos debates envolvendo questões dogmáticas ou meramente especulativas, a mais aceita é de que Deus teria manifestado sua verdade ao homem; este, valendo-se de seus conhecimentos histórico-culturais, registraria com suas palavras. Ou, como diz São Tomás de Aquino, ''são os dois ao mesmo tempo - Deus e homem - presentes em toda a obra. Um é o autor principal e o outro, secundário. A inspiração eleva, sublima as faculdades do autor''.
O que explica o fato de que a Bíblia, apesar de ter sido escrita num período de 1300-1400 anos, em 3 idiomas diferentes (hebraico, grego e aramaico), em 3 continentes diferentes (África, Ásia e Europa) e por dezenas de autores, apresenta um conjunto harmonioso em seus 73 livros reconhecidos como canônicos pela Igreja Católica.
O homem, mais do que atuar como mero instrumento de redação, imprimiu suas particularidades aos escritos, valendo-se dos mais variados gêneros literários de acordo com sua finalidade, tais como:

.Narrativo (histórico)
.Didático
.Legislativo
.Poético
.Profético
.Alegórico (parábolas)
.Genealógico
.Epistolar 

Deus, como autor principal, mediante as revelações de Seu Espírito, estabelece a coesão dos relatos, de forma que sua mensagem seja transmitida pelos mais diversos povos, por tempos infindáveis - o que salienta a inerrância das Escrituras e sua incrível harmonia, apesar de tantas diferenças entre os povos. Vale lembrar que seu entendimento não deve ser ao pé da letra, mas alcançado pelo trabalho e esforço mútuo da fé e reflexão. Afinal, a verdade de Deus não está imediatamente evidente; Ele nos convida a conhecer a verdade e trilhar esse caminho, para que Sua Palavra produza reais frutos em nossas vidas.


*Fonte de pesquisa: Bíblia Católica Online