domingo, 20 de maio de 2018

Solenidade de Pentecostes - Domingo, 20 de maio de 2018



Ano B/ Cor litúrgica: vermelho

Leituras:
At 2,1-11/ Sl 103/ 1Cor 12,3b-7.12-13/ Jo 20,19-23

''Igreja: o novo corpo de Cristo'': homilia dominical do Pe. Paulo Ricardo (via Christo Nihil Praeponere):


Domingo de Pentecostes:
celebração do nascimento da Santa Igreja

(Prof. Felipe Aquino, via Editora Cléofas)

A festa de Pentecostes encerra o período pascal, que foi o grande dom de Jesus Cristo ressuscitado que subiu ao céu e assumiu o Seu lugar na glória de Deus; e Jesus glorificado à direta do Pai derramou o Espírito Santo sobre a Igreja.

Jesus havia prometido enviar o Espírito Santo para ser a força e a luz da Igreja: “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.” (Jo 15,26)
“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto, permanecei na cidade [Jerusalém] até que sejais revestidos da força do alto”. (Lc 24,29)
Jesus sabia que sem esta “força do alto” os discípulos jamais seriam capazes de implantar o Reino de Deus neste mundo através da Igreja. As perseguições seriam muitas em todos os tempos, desde o primeiro século até hoje. E muitas seriam também as heresias que ameaçariam destruir a verdade que salva.  Só na força do Espírito Santo isso seria possível; por isso Jesus, na sua Ascensão, proibiu que os Apóstolos se afastassem do Cenáculo antes de serem revestidos, batizados, no Espírito Santo
A partir de Pentecostes os Apóstolos se encheram de coragem, sabedoria e pregaram sem medo Jesus Cristo ressuscitado, enfrentando toda perseguição dos judeus. E o Espírito Santo estava com eles.
Na santa Ceia, na despedida, Jesus prometeu enviar o Paráclito, o Espírito da Verdade, para conduzir a Igreja sempre à verdade.
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. (Jo 14, 15-17)
Este Paráclito veio em Pentecostes para assistir e guiar a Igreja e ficar “eternamente convosco”. Por isso a Igreja nunca errou o caminho da verdade que salva (cf. CIC §851).
“Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14, 25-26)
O Espírito Santo veio em Pentecostes para ficar para sempre com a Igreja e lhe ensinar “toda a verdade”. Essa é a maior alegria de ser católico. Desde aquele dia no primeiro século ele assiste e guia a Igreja na verdade; por isso a Igreja é infalível quando ensina a doutrina católica (cf. CIC §889 a §891).
Jesus deixou o Espírito Santo como Mestre da Igreja: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.  Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (Jo 16,12-13). É impressionante que Jesus repete essa expressão “ensinar-vos-á toda a verdade”, não apenas uma parte da verdade, mas tudo.
Assim, desde Pentecostes – a manifestação da Igreja ao mundo – ela continua sua caminhada feliz, como disse santo Agostinho “entre as perseguições desse mundo e a consolações de Deus”.
É o Espírito Santo quem assiste o Magistério da Igreja na verdade que salva; Ele inspirou os escritores sagrados da Bíblia, acompanhou toda a sagrada Tradição Apostólica, atua na liturgia sacramental, nos carismas, nos ministérios da Igreja, na oração pessoal dos fiéis, na vida apostólica e missionária, no testemunho dos santos e em toda a obra da salvação (cf. CIC § 688). Jesus foi concebido no poder do Espírito Santo e cumpriu sua missão na força do mesmo Espírito.

“Vinde, Espírito Santo!
Enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito, e tudo será criado.
E renovareis a face da Terra.
Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor Nosso.
Amém.”

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