sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Santa Maria Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia - Sexta-feira, 05 de outubro de 2018

Fonte: https://mensajerosdivinos.org/pt-br/divina-misericordia


“E, se muitas vezes, tenho o rosto voltado para o chão e as lágrimas correm com abundância, no entanto, ao mesmo momento a minha alma está repleta de uma profunda paz e felicidade… ” ( Diário de Irmã Faustina, D.1394 )

Ano B/ Cor litúrgica: verde
Leituras: 
Jó 38,1.12-21; 40,3-5
Sl 138,1-3.7-8.9-10. 13-14ab (R.24b)
Lc 10,13-16


Santa Irmã Maria Faustina Kowalska

A Irmã Faustina Kowalska, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo,
é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja. Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. Apesar de ter frequentado a escola por menos de três anos, no ”Diário” por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.
Nesse ”Diário”, escreve ela a respeito das vivências da sua infância:
“... eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que me pudesse esclarecer essas coisas”.
Aos dezesseis anos de idade, deixou a casa paterna para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów, perto de Lodz, a fim de angariar meios para a subsistência própria e ajudar os pais. Nesse tempo o desejo de ingressar na vida religiosa aos poucos ia amadurecendo nela. Visto que seus pais não concordavam com tal decisão, Heleninha procurou sufocar em si o chamado divino.
Anos depois, escreveria em seu “Diário”:
“Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de Suas vestes, todo coberto de chagas e que me disse estas palavras: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás?” Nesse momento parou a música animada, não vi mais as pessoas que comigo estavam, somente Jesus e eu ali permanecíamos. Sentei-me ao lado de minha irmã, disfarçando com uma dor de cabeça o que se passava comigo. Em seguida, afastei-me discretamente dos que me acompanhavam e fui à catedral de S. Estanislau Kostka. Já começava a anoitecer e havia poucas pessoas na catedral. Sem prestar atenção a nada do que ocorria à minha volta, caí de bruços diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer a seguir. Então, ouvi estas palavras: “Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento”. Terminada a oração, levantei-me, fui para casa e arrumei as coisas indispensáveis. Da maneira como pude, relatei a minha irmã o que havia acontecido na minha alma. Pedi que se despedisse por mim de meus pais e assim, só com a roupa do corpo, sem mais nada, vim para Varsóvia (Diário, 9).
Aparição de Jesus à Irmã Faustina/ Fonte: https://cleofas.com.br/jesus-misericordioso-eu-confio-em-vos/


Em Varsóvia (Polônia), procurou um lugar para si em diversas comunidades religiosas, mas em todas foi recusada. Foi somente no dia 1 de agosto de 1925 que se apresentou à Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia, na Rua Zytnia, e ali foi aceita. Antes disso, para atender às condições, teve que trabalhar como empregada doméstica numa família numerosa na região de Varsóvia, para dessa forma conseguir o enxoval pessoal.
Ela descreveu em seu “Diário” os sentimentos que a acompanhavam após ter ingressado
na vida religiosa:
“Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso.
O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças”
(Diário, 17).
 Na congregação recebeu o nome de irmã Maria Faustina. Realizou o noviciado em Cracóvia 
e foi ali que, na presença do bispo Estanislau Rospond, professou tanto os primeiros votos religiosos como, passados cinco anos, os votos perpétuos de castidade, pobreza e obediência. Trabalhou em diversas casas da Congregação, porém permaneceu mais tempo em Cracóvia (Polônia), Vilna (Lituânia) e Plock (Polônia), exercendo as funções de cozinheira, jardineira
e porteira. Exteriormente nada deixava transparecer a sua profunda vida mística. Ela cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa. Era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo fosse desembaraçada, serena, cheia de amor benevolente
e desinteressado para com o próximo. O severo estilo de vida e os extenuantes jejuns que ela se impunha antes ainda de ingressar na Congregação enfraqueceram tão severamente seu organismo que já no postulado teve de ser encaminhada para tratamento de saúde.
Após o primeiro ano do noviciado vieram as experiências místicas extremamente dolorosas – da chamada noite escura, e depois os sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo. Irmã Faustina ofereceu a sua vida a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar as suas almas, e por essa razão foi submetida a numerosos sofrimentos.
Nos últimos anos de vida intensificaram-se as enfermidades do organismo: desenvolveu-se a tuberculose, que atacou os pulmões e o trato alimentar. Por essa razão, por duas vezes, durante alguns meses, permaneceu em tratamento no hospital.
Completamente esgotada fisicamente, mas em plena maturidade espiritual e misticamente
unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938 com fama de santidade, tendo apenas 33 anos de idade, dos quais 13 anos de vida religiosa. (Notas do “Diário” de santa irmã Faustina)

Em 30 de abril de 2000, o Papa João Paulo II canonizou a Irmã Faustina Kowalska no II Domingo da Páscoa, que o Papa instituiu então como Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja.

Em consequência de empenhos das autoridades locais, no dia 10 de dezembro de 2005, por um decreto da Santa Sé, a santa irmã Faustina foi proclamada padroeira da cidade de Lodz (Polônia).


Fonte: http://archive.krakow2016.com/pt/pinta-uma-imagem-com-a-inscricao-jesus-eu-confio-em-vos.html

A imagem de Jesus misericordioso foi revelada a Santa Faustina Kowalska, na Polônia, a partir de 1931. O próprio Jesus Cristo apareceu a ela e pediu que fosse pintado um quadro exatamente como ela via, para que o mundo conhecesse a misericórdia de Deus. Trata-se de uma imagem sagrada, cuja simples contemplação nos trás grandes graças. O próprio Jesus disse: 'Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela.' (Diário de Santa Faustina, 570). Vamos conhecer os significados contidos na imagem.

A túnica branca de Jesus

A túnica branca de Jesus significa o amor de Deus e a sua pureza. O amor de Deus é puro e eterno e está sempre disposto a nos receber.

A mão direita levantada

A mão direita de Jesus levantada neste quadro da Divina Misericórdia é o gesto de abençoar. Significa a bênção que o Senhor quer dar a toda a humanidade, derramando sobre nós sua misericórdia.

A mão esquerda de Jesus sobre o peito

A mão esquerda de Jesus sobre o peito aponta para o seu Sagrado Coração, de onde emana todo o seu amor. É de lá que saem os raios que exprimem sua infinita misericórdia.

Os raios que saem do Coração de Jesus

Os raios que saem do Coração de Jesus tem um significado maravilhoso revelado pelo próprio Senhor. Eles relembram o sangue e a água que jorraram de seu Coração quando este foi perfurado pela lança. Os raios vermelhos simbolizam o sangue de Jesus, que salva o homem. O raio azul claro simboliza a Água Viva, o Espírito Santo, que brota do Coração de Jesus e nos purifica de todo pecado. Segundo as palavras do próprio Jesus, 'Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o rato vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido peio braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia.' (Diário de Santa Faustina nº 299)

A inscrição "Jesus, eu confio em vós"

A inscrição 'Jesus, eu confio em vós' é uma jaculatória, ou seja, uma pequena oração que deve ser repetida com frequência, com fé e devoção. Jesus também falou sobre ela: 'Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro.Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória.' (Diário de Santa Faustina nº 47-48). Jesus ainda disse: 'Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a Imagem com a inscrição: 'Jesus, eu confio em Vós.' (Diário de Santa Faustina nº 327)

O olhar de Jesus Misericordioso

O olhar de Jesus Misericordioso nesta imagem tem um significado maravilhoso. Ele mesmo disse: 'O Meu olhar, nesta Imagem, é o mesmo que eu tinha na cruz.' (Diário de Santa Faustina nº 326.

A imagem de Jesus Misericordioso e as obras de misericórdia

A imagem de Jesus Misericordioso não teria o mesmo valor espiritual sem as obras de misericórdia que devem ser praticadas por nós. As obras de misericórdia são aquelas que fazemos em favor de nossos irmãos necessitados: visitar os doentes, vestir os nus, libertar os aprisionados, etc. Sobre isso, Jesus disse: 'Por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras.' (Diário de Santa Faustina nº 742) Os verdadeiros devotos de Jesus misericordioso devem se esforçar para, diariamente, praticar as obras de misericórdia.

As graças concedidas através da imagem

Sobre as graças concedidas através da imagem, Jesus disse: "O valor da Imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça." (Diário de Santa Faustina nº 313)

Oração a Jesus Misericordioso

"Oh! Deus de grande misericórdia, bondade infinita, desde o abismo de seu abatimento, toda a humanidade implora hoje vossa misericórdia, vossa compaixão. Oh! Deus, clamamos com potente voz. Deus de Benevolência, não deixe de ouvir a oração deste exílio terreno! Oh! Senhor, Bondade que escapa nossa compreensão, que conheces nossa miséria a fundo e sabes que com nossas forças não podemos elevar-nos a Vós, imploramos: Sustentai-nos com vossa graça e continuai aumentando vossa misericórdia em nós, para que possamos, fielmente, cumprir vossa santa vontade, ao longo de nossa vida e na hora da morte. Que a onipotência de tua misericórdia nos defenda das flechas que atiram os inimigos de nossa salvação, para que com confiança, como filhos vossos, aguardemos a última vinda (dia que somente Vós sabeis).E esperamos obter o que Jesus nos prometeu a pesar de nossa mesquinhez. Porque Jesus é nossa esperança: Através de seu coração misericordioso, como no Reino dos céus."


Matérias originalmente publicadas em:

Veja também:
-As visões do Céu, Inferno e Purgatório da Irmã Faustina:
-25 segredos para lutar contra o demônio, revelados por Jesus Cristo à Irmã Faustina:
-Excertos do Diário de Santa Faustina (em PDF):

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