terça-feira, 27 de março de 2018

Semana Santa - Terça-feira (27/03/2018) / Dicas de Cinema #1

''Contemplemos o Cristo que está presente no pobre, no doente, no escravizado, em quem passa dificuldades.''

Ano B/ Cor litúrgica: roxo

Leituras: Is 49,1-6/ Sl 70/ Jo 13,21-33.36-38

''A Eucaristia nos purifica a cada dia'': homilia diária do Pe. Roger Araújo (via Canção Nova):
https://homilia.cancaonova.com/homilia/a-eucaristia-nos-purifica-a-cada-dia/

Santo do Dia: Santa Lídia



Dicas de Cinema #1:
Especial Semana Santa

No post de hoje, iniciaremos a sessão Dicas de Cinema, com indicações de filmes bíblicos e com temas relacionados. Para este mês, faremos um especial da Semana Santa, com filmes acerca da vida e Paixão de Jesus Cristo.

1º: A Paixão de Cristo (de Mel Gibson, 2004)

O primeiro (e talvez o mais famoso) da lista retrata as últimas 12 horas de vida de Jesus, iniciando com sua agonia no Horto das Oliveiras até seu sepultamento. Não é exagero afirmar que este é o retrato mais realista do episódio da Paixão, encenada em detalhes dolorosos e chocantes (nenhum outro filme do mesmo tema trazia um nível de violência tão angustiante). Mesmo 14 anos após sua estreia, continua incomparável: a opção do diretor em utilizar os diálogos em aramaico e latim garantiu uma verossimilhança única. Profundamente católico, o filme dá um destaque especial à Virgem Maria (que acompanhou seu filho em cada passo da Via Dolorosa) e aponta a íntima relação com o Calvário e o Sacramento da Eucaristia. 
Muito mais que um filme, é uma experiência forte e revigorante.
Ao final do post, segue um link que traz mais detalhes do longa, inclusive as transformações que trouxe à vida dos envolvidos na produção, especialmente do protagonista Jim Caviezel.

2º: Ressurreição (de Kevin Reynolds, 2016)

Alguns encaram este filme como uma espécie de sequência de A Paixão de Cristo, por começar exatamente na morte de Jesus e concentrar-se dos dias seguintes à ressurreição.
A história desenvolve-se sob o ponto de vista do centurião romano (e cético) Clavius, designado pelo próprio Pôncio Pilatos para investigar o que ocorreu 3 dias após a crucificação, diante do sumiço do corpo de Jesus. Os diversos relatos, desde os fariseus e oficiais romanos, lutando para encobrir os fatos, até os próprios discípulos de Cristo, afirmando que este ressuscitou dos mortos como havia prometido, enchem sua mente de dúvidas, levando-o a questionar suas convicções e o propósito de sua busca.
Afinal, o que aconteceria a um cético caso presenciasse um evento sobrenatural com os próprios olhos? E que caminhos sua vida seguiria, após um encontro com alguém que jurava estar morto?
A forma original como contaram uma história tão conhecida dá destaque a este filme.

3º: Jesus de Nazaré (de Franco Zefirelli, 1977)

O seguinte filme trata-se, na verdade, de uma minissérie de TV que possui entre 5-6 horas de duração (sendo, posteriormente, editada em formato de filme).
Este é, talvez, o melhor e mais completo retrato da vida de Jesus Cristo, condensando muito bem os 4 evangelhos. Inicia-se em Nazaré, durante um período difícil para o povo (sob o jugo de Roma). A expectativa pelo tão prometido salvador vem a realizar-se da forma mais inimaginável: numa família humilde, concebido por uma jovem virgem. Seguem-se momentos essenciais, como a vida pública de Jesus, seus milagres e ensinamentos, seus embates contra os fariseus, culminando em sua Paixão, morte e ressurreição.
Com um dos melhores elencos já reunidos, até hoje é um clássico que é reprisado todo ano durante a Semana Santa. Destaque especial para o protagonista Robert Powell, cuja imagem ficou associada pra sempre a de Jesus: sua poderosa interpretação mescla muito bem a serenidade do bom pastor à imponência do juiz misericordioso, porém justo. Imperdível.

4º: Ben-Hur (de William Wyler, 1959)

Apesar de não ser um relato bíblico, é um filme profundamente cristão. Em paralelo à história de Cristo, somos apresentados ao personagem fictício Judah Ben-Hur, nascido em uma rica família judia de Jerusalém. Seu amigo de infância Messala, um tribuno romano, tenta convencer Ben-Hur a associar-se ao governo romano (devido à influência que sua família possui); este, porém, defende a liberdade e independência de seu povo. O conflito de visão de ambos vai atingindo proporções épicas quando, após um mal entendido durante o desfile de recepção do novo governador da Judeia, Messala encontra uma oportunidade de incriminar Ben-Hur e sua família, condenando-o à escravidão.
Isso desperta o desejo de vingança em Ben-Hur que, após treinar como gladiador e corredor de bigas, parte para Roma para o reencontro com seu outrora amigo. Mas seus planos podem tomar outro rumo, quando cruzar seus passos com o do próprio Jesus.

Baseado num romance de 1880, a história já teve, ao menos, 4 adaptações (a mais recente é de 2016 que, além de contar com uma maior presença de Jesus, aprofunda temas como o rancor e o perdão), sendo a mais famosa protagonizada por Charlton Heston em 1959. É um dos maiores épicos da história do cinema, sendo o primeiro filme a vencer 11 Oscar. Destaque especial para a corrida de bigas e o desfecho emocionante, que mostra que até mesmo um coração tão ferido e corroído pela vingança é capaz de encontrar a redenção, diante da cruz de  Cristo.

5º: Jesus (de John Krish e Peter Sykes, 1979)

Também chamado de ''Jesus - O Filme'' e ''Jesus, segundo o Evangelho de Lucas''. Trata-se de uma adaptação da vida de Cristo baseada integralmente no Evangelho de Lucas.
A produção destaca-se pelo rigor em reproduzir o ambiente da Palestina do primeiro século: vestuário e alimentos foram produzidos seguindo as mesmas técnicas da época, e foi filmado nos mesmos locais em Israel onde ocorreram os fatos narrados na Bíblia, com a maior parte do elenco composta de atores israelitas e árabes, o que garantiu uma maior fidelidade ao retratar os costumes locais.
Fontes apontam este filme como o mais traduzido do mundo (cerca de 1.400 idiomas), tendo sido utilizado, inclusive, como instrumento de evangelização por várias correntes cristãs (devida à fidelidade que possui com o texto de São Lucas).
De produção cuidadosa e envolvente (destaque especial para as pregações de Jesus), é um filme que merece ser conhecido.


6º: Maria, Em Nome da Fé (de Kevin Connor, 1999)

Também chamado de ''Maria, Mãe de Jesus''. Talvez o menos conhecido da lista, o filme relata a vida de Jesus sob o ponto de vista de Maria, desde sua juventude em Nazaré, quando foi escolhida para ser a mãe do Salvador e enfrentou a desconfiança de seus familiares, amigos e até de seu noivo José, até o Calvário, sofrendo junto com seu filho aos pés da cruz.
De produção modesta, é um dos poucos filmes em que se dá destaque à figura de Maria, figura tão amada pelos católicos e peça fundamental nos planos de Deus para a redenção da humanidade.
No papel de Jesus, está o então astro em ascensão Christian Bale, que anos depois interpretaria Moisés em ''Êxodo - Deuses e Reis''.




7º: Paulo, Apóstolo de Cristo (de Andrew Hyatt, 2018)

O último item da lista é a mais recente estreia dos cinemas, chegando ao Brasil dia 03 de maio.
O filme se passa muito após a ressurreição de Cristo, acompanhando as missões dos discípulos e o desafio em anunciarem o Evangelho enquanto as perseguições às primeiras comunidades cristãs vão se tornando cada vez mais intensas.
Paulo, prisioneiro e à espera da execução, continua transmitindo a mensagem de Cristo através de suas Epístolas. Durante seu período de cativeiro, recebe visitas de Lucas, seu companheiro de viagens que, a partir dos relatos do Apóstolo dos Gentios, escreveria os Atos dos Apóstolos. A narrativa alterna entre o presente (a luta pela sobrevivência durante o jugo do imperador Nero) e o passado (mostrando a vida de Paulo antes de sua conversão e a partir dela, enfrentando a desconfiança de quem o conhecia como implacável perseguidor dos discípulos).
Trata-se da jornada de 2 homens que, profundamente tocados pela mensagem de salvação, desafiam o ódio e a descrença num período tão difícil, em que o reino de Cristo parecia tão longe de se concretizar. Período em que o amor chega como a resposta ao ódio, renovando a chama da fé.
Curiosidade: no papel do evangelista São Lucas está Jim Caviezel, que viveu ninguém menos que Jesus Cristo no aclamado A Paixão de Cristo.

Fontes: http://www.adorocinema.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
https://pt.aleteia.org/

''Por que vale a pena assistir de novo à Paixão de Mel Gibson'': matéria do Pe. Paulo Ricardo:
https://padrepauloricardo.org/blog/por-que-vale-a-pena-assistir-de-novo-a-paixao-de-mel-gibson

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