terça-feira, 11 de setembro de 2018

Setembro, o Mês da Bíblia - Parte II (Quarta-feira, 11 de setembro de 2018)


"Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.''
(2 Timóteo 3,16-17)


>Clique aqui para ler a 1ª parte do especial da Bíblia!

2ª Parte: as origens da Bíblia

As Sagradas Escrituras têm sua origem entre o povo hebreu, abarcando um período entre 1200 ou 1100 a.C. até 100 d.C..
O ponto de partida se deu com a chegada de Abraão e seus descendentes em Canaã. Vale lembrar que, de início, as tradições e histórias do povo hebreu eram transmitidas oralmente, devido ao desenvolvimento progressivo da escrita. E assim permaneceu até os tempos de Davi, em que a junção das tradições Javista e Eloísta (e, em menor grau, a Deuteronômica e Sacerdotal) originou os primeiros documentos escritos, a Torá judaica (posteriormente, também conhecido como o Pentateuco cristão).
Durante um período de aproximadamente 500 anos antes de Cristo, os demais livros do que viria a ser o Antigo Testamento cristão (ou o Tanakh judaico) foram sendo escritos por profetas e seus seguidores, e sábios que, a partir da observação da natureza e fundamentados em reflexões humanístico-religiosas, transmitiam ao seu povo a doutrina do Deus de Israel, o Criador e único ser supremo.


A inspiração

Muito se tem estudado sobre como teria se dado a inspiração que levou à redação da Bíblia. Após muitos debates envolvendo questões dogmáticas ou meramente especulativas, a mais aceita é de que Deus teria manifestado sua verdade ao homem; este, valendo-se de seus conhecimentos histórico-culturais, registraria com suas palavras. Ou, como diz São Tomás de Aquino, ''são os dois ao mesmo tempo - Deus e homem - presentes em toda a obra. Um é o autor principal e o outro, secundário. A inspiração eleva, sublima as faculdades do autor''.
O que explica o fato de que a Bíblia, apesar de ter sido escrita num período de 1300-1400 anos, em 3 idiomas diferentes (hebraico, grego e aramaico), em 3 continentes diferentes (África, Ásia e Europa) e por dezenas de autores, apresenta um conjunto harmonioso em seus 73 livros reconhecidos como canônicos pela Igreja Católica.
O homem, mais do que atuar como mero instrumento de redação, imprimiu suas particularidades aos escritos, valendo-se dos mais variados gêneros literários de acordo com sua finalidade, tais como:

.Narrativo (histórico)
.Didático
.Legislativo
.Poético
.Profético
.Alegórico (parábolas)
.Genealógico
.Epistolar 

Deus, como autor principal, mediante as revelações de Seu Espírito, estabelece a coesão dos relatos, de forma que sua mensagem seja transmitida pelos mais diversos povos, por tempos infindáveis - o que salienta a inerrância das Escrituras e sua incrível harmonia, apesar de tantas diferenças entre os povos. Vale lembrar que seu entendimento não deve ser ao pé da letra, mas alcançado pelo trabalho e esforço mútuo da fé e reflexão. Afinal, a verdade de Deus não está imediatamente evidente; Ele nos convida a conhecer a verdade e trilhar esse caminho, para que Sua Palavra produza reais frutos em nossas vidas.


*Fonte de pesquisa: Bíblia Católica Online


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