domingo, 24 de junho de 2018

Natividade de São João Batista - Domingo, 24 de junho de 2018


"E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados."  (Lucas 1,76-77)

Ano B
Cor litúrgica: branco
Leituras:

Is 49,1-6 / Sl 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a) / At 13,22-26 / Lc 1,57-66


Natividade de
São João Batista



É com muita alegria que a Igreja celebra, neste 24 de junho, a solenidade do nascimento de São João Batista, o profeta precursor do Messias. Conforme lemos no Evangelho de Lucas, Deus atende às orações de Zacarias e Isabel, casal já muito idoso e, por isso, impossibilitado de ter filhos.
Então percebemos que seu nascimento não se trata apenas de uma grande bênção, mas também relaciona-se àquilo que ele estava destinado: dedicar sua vida a chamar as pessoas de volta para Deus, pregando um batismo de conversão para assim prepará-las para a vinda do Messias, prometido desde os tempos remotos.
Ele foi honrado já no seio de sua mãe Isabel, quando esta recebeu a visita da Virgem Maria (já grávida de Jesus): ao ser saudada, João pulou de alegria em seu ventre. João, portanto, foi o único dos profetas a encontrar face a face o tão aguardado Messias, que gerações anteriores esperavam mas não O viram. Teve o privilégio de batizá-lo; Ele, o Senhor do batismo, o Deus que faz-nos a remissão dos pecados, aderiu a esse gesto para nos dar o exemplo, para nos chamar ao renascimento - em alusão à própria água do batismo.


Uma curiosidade: ele é a única pessoa, ao lado de Jesus Cristo e de Nossa Senhora, cujo nascimento é celebrado pela Igreja; os demais santos têm seu dia relacionado à data de suas mortes. Tal fato demonstra sua importância no plano de redenção de Deus: ele é a ponte entre o Velho e o Novo Testamento - alguns consideram a ''segunda vinda de Elias'', mencionado em Malaquias, como a sua vinda; o próprio Jesus, inclusive, faria menção a isso para seus discípulos, dizendo que ''dentre os nascidos de mulher, não houve ninguém maior que João'', cf. o cap. 11 de Mateus.
O Evangelho de Marcos narra, já de início, a pregação de João no deserto. É para lá que ele se retirou, já em idade adulta, para dar início à sua missão, vivendo de forma humilde, vestindo-se de roupas de pele e alimentando-se de mel silvestre.
Ele teve a coragem, em tempos tão turbulentos da Judéia, a expor os pecados daqueles que se diziam santos - desde os fariseus e mestres da lei até os membros do Império Romano. Contudo, deixou claro desde o início que ele mesmo não era o Messias (como muitos pensavam), mas sim aquele que não é digno nem de desatar-lhe as correias das sandálias. E que seu batismo, pela água, era apenas uma preparação para o grande batismo do Filho de Deus - este, pelo Espírito Santo e pelo fogo.
João, o profeta do Altíssimo, fez-se humilde e fiel até sua morte por decapitação, pelo rei Herodes. Recebeu, com justiça, a coroa da vitória e o Reino dos Céus, que tanto pregara.

São João Batista, rogai por nós!


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