segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

2ª Semana do Tempo Comum - Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

As práticas de vida cristã perdem sentido se nos esquecemos de foi Deus quem nos amou primeiro e que as nossas ações devem ser uma resposta amorosa a essa caridade gratuita.

Cor Litúrgica: Verde
Leituras: 1Sm 15,16-23/ Sl 49/ Mc 2,18-22
Santo do Dia: Santo Amaro

Homilia do Pe. Paulo Ricardo:
''O modo de vida que Jesus levou nesta terra, com o qual se escandalizam hoje alguns fariseus, é o mais perfeito exemplo de como deve ser a nossa vida sob o jugo suave da Nova Lei: mais do que jejuns e penitências, que não devemos desprezar, o que realmente importa — aquilo sem o qual a própria mortificação perde sentido — é a caridade. Por meio de Cristo, com efeito, Deus cumpre o que prometera por boca do profeta Ezequiel: “Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne” (Ez 36, 26). A vida cristã, desse ponto de vista, não pode resumir-se a uma obediência externa a uma tantas “regrinhas” de comportamento; não é um tipo de “legalismo” que se satisfaz com a observação de certo número de preceitos. A justiça de nossas ações, a delicadeza e o respeito do nosso trato com Deus, tudo isso deve brotar de dentro, de um coração que ama, que se deixa envolver e transformar pela graça divina.
É por isso que o Senhor se apresenta primeiro como Esposo: “Enquanto o noivo está com eles”; é só o amor sincero e alegre deste Esposo o que justifica e dá verdadeiro sentido às nossas práticas penitenciais: “Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar”. Não podemos, pois, ser como os fariseus, que pretendiam, à força de sua mortificação pessoal, apresentar-se limpos aos olhos de Deus; nós, ao contrário, sabemos que Ele nos ama, apesar da nossa impureza. Foi Ele quem deu o primeiro passo e, revelando-nos o amor que nos tem, veio estar conosco; agora, enquanto ainda não o vemos, precisamos converter a nossa penitência e todas as práticas de nossa vida religiosa em outros tantos de meios de responder com amor ao seu amor divino e preparar o nosso coração para o grande dia, o dia em que celebraremos com Ele no céu nossas bodas eternas.''
(Fonte: https://padrepauloricardo.org/)

Santo do Dia: Santo Amaro
Exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo

Nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade. Realidades daquele tempo, mas que apontam para uma necessidade dos tempos atuais. Ele foi apontado, desde muito cedo, como um exemplo de silêncio e também de correspondência às exigências da vida monacal. Vida de austeridade, de ação, de oração; “ora et labora” de fato.

Grande amigo de São Bento, viveu momentos que ficaram registrados. São Gregório foi quem deixou o testemunho de que, certa vez, São Bento, por revelação, soube que um jovem estava para se afogar em um açude. Disse ao então discípulo Amaro que fosse ao encontro daquele jovem. Ele foi. Sem perceber, com tanta obediência, ele caminhou sobre as águas e salvou aquele jovem; depois que ele percebeu que havia acontecido aquele milagre. Retribuíram a ele, mas, claro, ele atribuiu a São Bento, pois só obedeceu.
História ou lenda, isso demonstra como Deus pode fazer o impossível aos olhos humanos na vida e através da vida naqueles que acreditam e buscam corresponder à vocação. Todos nós temos uma vocação comum, a mesma que Santo Amaro teve: a vocação à santidade. Esse santo foi quem sucedeu São Bento em Subiaco, quando este foi para Monte Casino. Ele foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo.
Santo Amaro, rogai por nós!
(Fonte: site Canção Nova)

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